Artista britânico Henry Hudson abraça novos horizontes em exposição em Londres
LONDRES (Reuters) – O artista britânico Henry Hudson disse que se inspirou em voar em aviões vazios durante a pandemia de Covid-19 para sua exposição mais recente, apresentando uma coleção de pinturas que retratam as linhas do horizonte no céu.
Com títulos como “Horizon Line Somewhere Over the Atlantic Ocean” e “Horizon Line Somewhere Over China” (‘Linha do Horizonte Em Algum Lugar Sobre o Oceano Atlântico’ e ‘Linha do Horizonte Em Algum Lugar Sobre a China’, na tradução livre), as obras referem-se a locais ao redor do mundo.
A série “Scapes” (Paisagens) vem em várias cores –azul, vermelho, laranja e verde– que gradualmente se tornam mais claras de cima para baixo e cada uma com um corte contrastante.
“Eu entrei em um avião, completamente vazio, e voei para Los Angeles… e essas ‘paisagens’… tiveram suas origens disso, de estar no céu essencialmente e pensar sobre onde estamos agora culturalmente”, disse Hudson, que é conhecido por usar plasticina derretida em seus trabalhos, à Reuters.
“Muitas pessoas agora estão postando sua primeira experiência de estar no avião e acho que há uma razão pela qual as pessoas estão fazendo isso porque não somente é muito bonito… mas nós olhamos para horizontes e começamos a pensar em coisas que talvez sejam maiores do que nós mesmos.”
As pinturas, atualmente em exibição na galeria de arte Unit London, se afastam dos trabalhos vívidos do passado de Hudson sobre as selvas, e são uma re-imaginação moderna da narrativa de “The Rake’s Progress”, de William Hogarth.
“Scapes” ficará em exibição até 12 de fevereiro.
(Reportagem de Marie-Louise Gumuchia)