Curitiba - A participação feminina em cargos de liderança nos negócios internacionais ainda enfrenta desafios históricos, mas cresce impulsionada por competências que vão além dos resultados financeiros. Executivas de diferentes setores apontam que empatia, paciência e atenção aos detalhes são diferenciais que ajudam a romper barreiras e conquistar espaços tradicionalmente ocupados por homens.

mulheres no seminario de comercio internacional
Mulheres debatendo sobre liderança feminina (Foto: Mahara Gaio/RIC.com.br)

Para Ana Tena, CEO do Banco Trevelex, liderança não tem gênero quando o critério é competência. “Sim, existe preconceito. Sim, nós estamos no mercado de trabalho há menos tempo do que os homens. Mas, na liderança, o papel é mais por resultados, assertividade e capacidade de entrega. É igual para homens e mulheres”, afirma.

“Temos escuta mais ativa, paciência e autocrítica. Essa cobrança interna por perfeição muitas vezes melhora a execução e contribui para os negócios.”

Esther Schattan, fundadora e diretora da Ornare, lembra que sua trajetória profissional foi construída lado a lado com o marido, com quem divide não apenas a liderança da empresa, mas também a visão de que equipes diversas são mais fortes. “Desde o início, nunca houve essa ideia de que aqui só poderia trabalhar homem. Em áreas como RH, financeiro e até montagem, temos mulheres respeitadas, conta.

“Antes mesmo de se falar em sustentabilidade, já buscávamos formas de reaproveitar retalhos e reduzir desperdícios. São forças complementares: o foco no resultado e o cuidado com as pessoas.”

Já para Renata Amano, CEO da Bratac Seda, o setor da seda é um território majoritariamente feminino. Renata avalia que liderar mulheres é tão desafiador quanto gratificante. “Nós somos competitivas e nos cobramos muito, além de cobrarmos as outras mulheres. Precisamos aprender a ser mais tolerantes, assim como somos com os homens”, reflete.

As três executivas concordam que a liderança feminina está menos ligada a seguir um modelo “masculino” e mais a agregar perspectivas, empatia e atenção aos detalhes. Apesar das barreiras históricas, elas veem um futuro de mais equilíbrio e colaboração entre gêneros nos negócios internacionais.

5° Seminário de Negócios Internacionais

Começou nesta terça-feira (12) o V Seminário de Negócios Internacionais, promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) em parceria com o WTC Curitiba, que acontece até o dia 14 de agosto.

Empresários se reúnem no Campus da Indústria para discutir os rumos da indústria paranaense no cenário global. O encontro traz como eixo principal a inovação como estratégia de internacionalização e atração de investimentos estrangeiros.

O Grupo Ric é um veículo de comunicação parceiro do evento.

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Mahara Gaio

Repórter

Jornalista formada pela Universidade Positivo e pós-graduada em Jornalismo Digital. Produz pautas com foco em Clima e Tempo, além de Segurança, com ênfase em crimes e acidentes de repercussão no Paraná.

Jornalista formada pela Universidade Positivo e pós-graduada em Jornalismo Digital. Produz pautas com foco em Clima e Tempo, além de Segurança, com ênfase em crimes e acidentes de repercussão no Paraná.