Curitiba - Mais do que uma alternativa de vendas, a exportação tem se mostrado um caminho para diversificação de receitas, fortalecimento de marcas e aperfeiçoamento de processos industriais.

Para Wilson Ribeiro, diretor da Perfect Way, o primeiro passo foi entender que atuar fora do país poderia reduzir riscos diante da instabilidade do mercado interno.
“O mercado é muito variável, especialmente no Brasil. Começamos em 2018 com o Japão e percebemos que nosso produto tinha aceitação mesmo sem grandes adaptações. Hoje já exportamos para cerca de 15 países, e 7% da produção vai para o exterior. O foco agora é fortalecer parcerias com distribuidores, começando pelo Paraguai e mirando mercados como a Colômbia.”
Flávio Pansieri, presidente da Câmara de Arbitragem e Mediação Fiep, lembra que a internacionalização também envolve segurança jurídica. “Nossa câmara é reconhecida internacionalmente e atua para garantir soluções ágeis em contratos internacionais. Cerca de 30% dos casos que recebemos hoje são relacionados a negócios fora do país. A arbitragem dá às empresas a liberdade de escolher as regras e reduzir custos na resolução de conflitos.”
O sócio conselheiro Pro Sollus do Brasil S/A, Fernando Mizote explicou que no início dos negócios atuavam apenas com equipamentos adaptados à realidade local.
“Criamos produtos simples, que atendiam também ao perfil do produtor paraguaio. Depois expandimos para Argentina, Bolívia e até alguns mercados na África. É uma parcela pequena, mas é tendência olhar para novas fronteiras agrícolas.”
Já Eliel da Silva, gerente de exportação Amafil, vê a exportação como um movimento de ida e volta: “Começamos atendendo brasileiros que moravam no exterior por meio de parceiros de trade. Depois identificamos que o mercado externo é viável e rentável. Exportar melhora nossos processos internos e capacita pessoas. Multinacionais têm comprado nossos produtos e isso nos impulsionou nos últimos anos.”
Para Adalberto Netto, CEO LAT Global, há um novo “manual” para negócios internacionais. “O cenário global mudou. Há fragmentação de mercados, tarifas mais altas e custos crescentes. Isso exige que as empresas sejam mais agressivas e sofisticadas nas estratégias, aproveitando oportunidades como os acordos já existentes em países como os Emirados Árabes. A exportação estabiliza a empresa e garante receita externa, por isso é essencial agir rápido.”
5° Seminário de Negócios Internacionais
Começou nesta terça-feira (12) o V Seminário de Negócios Internacionais, promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) em parceria com o WTC Curitiba, que acontece até o dia 14 de agosto.

Empresários se reúnem no Campus da Indústria para discutir os rumos da indústria paranaense no cenário global. O encontro traz como eixo principal a inovação como estratégia de internacionalização e atração de investimentos estrangeiros.
O Grupo Ric é um veículo de comunicação parceiro do evento.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui