Oi, o economista, no caso, sou eu. Muito prazer, eu sou o Dabliu (sim, a letra “W”), professor universitário, doutor em Economia e artista independente (cantor e compositor) curitibano. Eu estudo o tempo e trago uma notícia bombástica: você só tem 21,7% de todo o seu tempo de vida.

Pois é, eu sei. Você leu “economista” ali no título e automaticamente pensou em dinheiro, mercado financeiro, números: não, não sou esse tipo de economista. É claro que, às vezes, não posso evitar falar de números, mas esse espaço aqui é para mostrar que a Economia faz parte da sua vida muito mais do que você imagina. E eu posso provar.
O tempo de vida é único e esse é o nosso recurso mais valioso
Você vai morrer em seis meses e eu te ofereço um milhão de reais para que você trabalhe para mim. Mas você só terá os seus últimos 39 dias para aproveitar esse dinheiro. Você aceita?
Na verdade, você já aceitou, só que não é para mim que você trabalha e o seu salário também não é de um milhão de reais.
Esses 39 dias do exemplo representam 21,7% do tempo de seis meses, e é esse o percentual de vida que você tem para fazer o que quiser, também em relação a toda a sua vida. Números demais? Não tem problema, eu explico.
De acordo com dados do Bureau of Labor of Statistics, nós gastamos 47,34% do tempo de vida dormindo ou tentando dormir, o que, considerando uma expectativa média de 76 anos, representam 36 anos dormindo ou tentando dormir. Some-se a isso o tempo que gastamos, em média, trabalhando – 20,11% -, comendo – 8,33% – e estudando – 2,52% -, sobram apenas preciosos 21,7% do tempo. Esse é o conceito do que eu chamo de “tempo que sobra“.
Caetano Veloso diz que o tempo é o “compositor de destinos, tambor de todos os ritmos”. Para a física, o tempo é um rio que flui através do tecido do universo. Para a biologia, é o pulsar dos batimentos cardíacos. Para a literatura, é o narrador invisível das nossas histórias. Para nós, economistas, que estudamos como as pessoas decidem o que fazer com a falta de recursos, o tempo é o nosso recurso mais valioso. Isso porque ele é um recurso depositado em uma conta invisível, impossível de ser acumulado e o pior, nem sabemos quanto tempo realmente temos. Mas se o tempo é o nosso recurso mais valioso, por que será que o gastamos como se essa conta fosse infinita?
Ossos do ofício de ser humano. E esse é um dos assuntos que esse economista aqui trata: o por que viver no presente é, independente das suas crenças, o melhor que podemos fazer pela nossa vida. Um papo, estranho, eu sei, mas eu adoraria saber o que você pensa a respeito disso.
Esse espaço aqui é um convite. Economia é sobre a vida e se você me acompanhar, eu te mostro outros lugares em que ela está e você nem percebe. Aceita o convite?
R. J. Dabliu é economista, professor universitário, compositor e palestrante. É autor dos livros “Mill Sentidos da Vida”, “O conto da raposa vermelha” e apresentador na série de vídeos para o YouTube, “EU NÃO LI SHAKESPEARE”.
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