“Ele pode comer na casa dele”, diz mulher ao negar atendimento a adolescente negro

por Carol Machado
Com informações do Metrópoles
Publicado em 29 mar 2022, às 15h51. Atualizado às 15h54.

Uma funcionária de uma pizzaria, foi acusada de racismo por um cliente. Segundo os relatos, a mulher teria impedido que um adolescente negro que trabalha vendendo balas sentasse à mesa para comer um lanche que foi oferecido pelo cliente. O caso foi registrado no último sábado (26), na zona sul do Rio de Janeiro.

O empresário Daniel Cohen, usou as redes sociais para denunciar o caso. Na publicação ele conta que estava com um grupo de amigos no estabelecimento quando um dos amigos foi abordado pelo Alex, um adolescente de 14 anos que vendia balas na região.

De acordo com o depoimento do empresário, a funcionária informou que o adolescente não poderia sentar à mesa e só poderia comer caso o pedido fosse embalado para viagem. Diante da situação, Daniel decidiu gravar o ocorrido.

Na gravação feita pelo empresário, é possível ouvir a justificativa da funcionária.

“Olha a hora, você é o que dessa criança?”, questionou. “Ele é de menor, tem que estar na casa dele uma hora dessas”. “Ele pode comer na casa dele” finalizou a mulher.

Em entrevista ao jornal Metrópoles, o empresário disse que  após muita insistência conseguiu conversar com o gerente do local e foram atendidos.

“Eu insisti muito, continuei lá brigando, até que o menino pôde comer. Um tempo depois, apareceu outro garoto, amigo dele, de cerca de 9, 10 anos, e pediu para dividir um pouco do lanche dele”,

explicou Daniel.

O gerente da pizzaria, Edivan Lima, também concedeu entrevista ao jornal e disse que o caso foi “um mal-entendido”.

“O pré-adolescente é conhecido da casa, sempre foi atendido. O que ocorre é que é de praxe da casa confirmar se procede o pedido do menino, porque o horário não permite que ele fique até de madrugada circulando.”,

disse o gerente.

Edivan ainda ressaltou que o estabelecimento sempre atende bem seus clientes.

“Sempre atendemos bem o cliente, independentemente de cor, sexo, raça, nunca tivemos nenhum tipo de problema em relação a preconceito”.

explicou

O caso repercutiu nas redes sociais e o vídeo foi compartilhado até mesmo por autoridades públicas.

Veja o vídeo:

*As informações são do Metrópoles

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