O termo “boyceta” ganhou visibilidade recentemente após uma polêmica envolvendo um rapper paulista e deputados conservadores. No entanto, o termo ainda causa dúvidas em quem o ouve pela primeira vez, até mesmo dentro da comunidade LGBTQIA+. Ele é utilizado para descrever uma pessoa que se identifica com o gênero não-binário, mas tem uma série de particularidades. Entenda o significado e a origem do termo “boyceta”.

A criação do termo é atribuída a Roberto Chaska Inácio, um artista transmasculino indígena e PCD que marcou a cena do rap paulistano. Falecido em dezembro de 2022, o rapper difundiu o termo desde meados de 2020.
Quem se identifica com o termo
O termo boyceta é utilizado para autodesignar pessoas com identidade de gênero transmasculino não-binário (que não identificam nem com o gênero masculino, nem com o gênero feminino).
Designadas do sexo feminino ao nascer, mas identificadas com uma expressão masculina, as pessoas boycetas não se definem como homens trans no sentido clássico e nem se identificam com o estereótipo masculino. Assim, eles se definem como pessoas que transgridem o binarismo de gênero, com uma identidade mais próxima ao gênero fluido.
Popularização do termo “boyceta”
Após alguns anos tendo seu uso quase que restrito à comunidade LGBT, o termo “boyceta” ganhou visibilidade a partir de uma entrevista do rapper transmasculino Jupitter Pimentel, conhecido pelo nome artístico Jupi77er, ao podcast Entre Amigues. E seguida, o termo viralizou nas redes sociais e provocou reações de políticos da extrema direita.

Como contrapartida aos ataques transfóbicos, logo os ativistas da comunidade LGBTQIA+ passaram a adotar o termo, que assim ganhou maior reconhecimento e se popularizou em diversos setores da sociedade.
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