Curitiba - Os pilares do acolhimento parental — amor, aceitação e cuidado — são, antes de tudo, fundamentais na relação entre pais e filhos, pois constituem a base sólida da parentalidade. Sem esses pilares, é possível que um filho cresça confuso ou emocionalmente desamparado, mesmo que receba os melhores recursos materiais, como roupas, comidas, escolas e brinquedos.

O colo físico é importante, mas o da alma é essencial.
Portanto, mais do que simplesmente receber um filho no espaço físico da casa, acolher significa estar emocionalmente disponível. Em outras palavras, o acolhimento favorece o vínculo afetivo e, além disso, define o lugar que o filho ocupará na família: se será visto como um presente, um peso, uma missão ou uma extensão dos pais. Essa percepção, por sua vez, molda toda a relação entre pais e filhos.
Assim, embora os caminhos disciplinares sejam indispensáveis, eles se tornam pouco efetivos caso os pilares do acolhimento não estejam presentes.
Pilar 1 – Acolher Amando
Em primeiro lugar, amar é a base do acolhimento. O amor, felizmente, pode ser aprendido e se expressa por meio de atitudes concretas: brincar, ouvir, conversar, cuidar. Além disso, o amor ao filho não depende de seu comportamento, mas sim de sua identidade como parte da família. Ou seja, não se ama o filho porque ele obedece, mas por ele ser filho.
Consequentemente, criar um ambiente de amor fortalece o senso de pertencimento e a segurança emocional, ambos essenciais para o desenvolvimento saudável. Por isso, é importante incluir o filho em uma rotina afetiva desde a gestação — com conversas, carinho e planos. E, caso o filho venha por meio da adoção, é igualmente necessário promover a afetividade desde o dia de sua chegada.
Pilar 2 – Acolher Aceitando
Em segundo lugar, aceitar é reconhecer o filho como ele realmente é — com suas características físicas, emocionais e comportamentais. Isso significa desapegar da imagem idealizada e, em contrapartida, abraçar o filho real. A aceitação, nesse contexto, evita rejeições sutis e projeções negativas, promovendo uma autoestima saudável e uma identidade equilibrada.
Além disso, quando o pai e a mãe acolhem o filho que chega — e não apenas aquele que imaginaram — demonstram humildade e maturidade emocional. Essa postura é essencial para que o filho se sinta verdadeiramente pertencente e valorizado.
Pilar 3 – Acolher Cuidando
Por fim, cuidar é um ato contínuo que acompanha todas as fases da vida. O cuidado parental, por sua natureza, é inegociável e exige presença, envolvimento e adaptação com responsabilidade. Cuidar, portanto, é proteger, prover, orientar, alimentar, ensinar e preparar para a autonomia e independência.
Em síntese, o cuidado é a expressão prática do amor e da aceitação. Ele traduz, em ações concretas, o compromisso dos pais com o bem-estar integral dos filhos.
Conclusão
Dessa forma, os pilares do acolhimento parental — amar, aceitar e cuidar — devem ser vividos como um exercício diário e contínuo. Eles representam, acima de tudo, uma expressão do amor responsável que transforma a chegada de um filho em um verdadeiro encontro com presença.
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