Quem nunca se irritou com o vizinho que faz barulho fora de hora ou estaciona na vaga errada? Esses pequenos atritos fazem parte da rotina de quem vive em condomínio — realidade de cerca de 650 mil moradores em Curitiba, capital do Paraná. Para evitar que as “tretas condominiais” virem grandes confusões, especialistas reforçam: planejamento, regras bem definidas e, acima de tudo, comunicação são essenciais.

Imagens aéreas de Curitiba e região metropolitana
Ranking enumerou maior motivo para confusões em condomínios na capital paranaense (Foto: Albari Rosa / arquivo / AEN)

Segundo Eduardo Domingues, sócio-diretor da Apolar Condomínios, a convivência entre tantas pessoas com hábitos e estilos de vida diferentes tende a ser desafiadora. 

“É impossível que uma medida agrade a todos ou que algum comportamento específico não desperte alguma insatisfação. Afinal, somos humanos”, afirma.

A solução, explica o especialista, passa pelo equilíbrio entre administração, síndico e, principalmente, o bom senso dos moradores. 

“O mais importante é que haja regras bem definidas para os problemas mais comuns. A visão técnica das administradoras, somada à experiência prática dos síndicos, ajuda a tornar a convivência mais harmoniosa”, destaca.

Ranking das principais queixas

Entre as reclamações mais frequentes nos condomínios de Curitiba, algumas situações aparecem como campeãs:

  1. Barulho e excesso de ruído – Festas, música alta, latidos de cães ou até mesmo o som de saltos vindos do andar de cima.
  2. Vagas de garagem – Invasão da vaga alheia, uso indevido e manobras perigosas estão entre as queixas mais comuns.
  3. Inadimplência – O atraso ou não pagamento da taxa condominial prejudica o caixa e impacta todos os moradores.
  4. Animais de estimação – Além do barulho, a circulação em áreas comuns e a falta de recolhimento da sujeira são motivo de discussões.
  5. Reformas e obras – Ruídos fora do horário permitido e entulhos deixados em áreas comuns geram dor de cabeça.
  6. Uso das áreas comuns – Disputas por salão de festas, piscina e churrasqueiras são frequentes quando não há regras claras.
  7. Segurança – Falhas no controle de acesso e risco de invasões preocupam os moradores.
  8. Respeito à privacidade – Comentários e fofocas sobre vizinhos podem acabar em brigas mais sérias.
  9. Gestão condominial – Transparência de contas e decisões do síndico nem sempre agradam a todos.
  10. Conservação e manutenção – Iluminação, limpeza e obras emergenciais também entram na lista.

Planejamento faz diferença

Para Domingues, prevenir conflitos é tão importante quanto resolvê-los. “A experiência mostra que regras claras e aplicadas de forma justa tornam a vida em condomínio mais tranquila”, reforça.

Comunicação como aliada

Liége Salazar, síndica de um edifício de 22 andares no bairro Batel, reforça a importância da comunicação como ferramenta para reduzir conflitos. 

“Nosso condomínio é bastante tranquilo, praticamente não temos discussões. Sempre que surge alguma questão, levamos para votação em assembleia, visando o interesse de todos. O ajuste de comunicação, com regras claras e informativos bem explicados, é o que evita conflitos”, relatou.

Ela destaca ainda como a tecnologia tem ajudado nesse processo. “Aplicativos dão autonomia para reservar áreas comuns, acessar boletos e receber comunicados, o que ajuda a organizar o dia a dia e reduzir ruídos na convivência. Essa é a melhor prevenção e solução para qualquer conflito em condomínio”, avalia.

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Guilherme Fortunato

Editor

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.