A ampliação dos Colégios Cívico-Militares no Paraná avançou na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A proposta foi aprovada em primeiro turno, nesta segunda-feira (27), com 38 votos favoráveis e 8 contrários.

Votação em plenário da proposta que prevê o aumento do número de Colégios Cívico-Militares no Paraná
Dez emendas foram apresentadas e aceitas pelos deputados da CCJ. (Foto: Orlando Kissner/Alep)

O projeto de lei 937/2025 altera a Lei nº 21.327/2022 e prevê que escolas de tempo integral também possam integrar o modelo Cívico-Militar no Paraná.

O modelo Cívico-Militar é implementado desde 2020 no Paraná e, atualmente, está presente em 312 colégios – que atendem cerca de 190 mil estudantes .

Essa doutrinha insere profissionais militares da reserva (inativos) na administração e na rotina escolar, junto à diretoria civil da instituição de ensino.

O projeto prevê que as instituições de ensino selecionadas e validadas pela comunidade escolar para implementar o programa não sejam Centros Estaduais de Educação Básica de Jovens e Adultos (CEEBJA).

Além disso, esses locais não podem ofertar ensino noturno, ser instituições indígenasquilombolas ou conveniadas com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), bem como escolas itinerantes ou de assentamento e ter dualidade administrativa.

Todos os municípios que desejarem adotar o modelo precisam ter, ao menos, duas instituições de ensino públicas estaduais.

Ampliação dos Colégios Cívico-Militares no Paraná recebeu emendas no plenário

Colegio civico militar parana
Cerimônia de apresentação da proposta do Colégio Cívico-Militar no Paraná. (Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

Durante a votação em plenário, a proposta recebeu emendas e retornou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alep. Todas as dez alterações apresentadas pelos deputados da bancada da Oposição foram aceitas.

Entre as emendas aprovadas na CCJ está a garantia da gestão democrática do ensino público, conforme a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), bem como a ampliação do programa atrelada a comprovação de disponibilidade orçamentária e financeira.

Confira abaixo as demais mudanças na proposta:

  • Retirada da expressão “e na educação em tempo integral” dos três primeiros artigos do texto;
  • Condicionamento da implantação do modelo cívico-militar à emissão de parecer técnico-pedagógico favorável da Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná (Seed);
  • Atrela a lei ao julgamento definitivo da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 6.791, que questiona a legislação atual;
  • Exclusão das escolas rurais do escopo do programa;
  • Implementação de consulta pública anual para permanência ou reversão do modelo, junto à comunidade escolar;
  • Em caso de não haver quórum para votação, haverá uma nova plenária junto à comunidade escolar. Caso novamente não haja o número mínimo de votantes, o modelo tradicional de ensino seguirá.

Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do Ric.com.br. Clique aqui

Jorge de Sousa

Editor

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.