O sistema de abastecimento de água de Curitiba e Região Metropolitana vai exigir investimentos da ordem de R$ 547 milhões em obras nos próximos 30 anos. Esse é o resultado de um estudo que está sendo elaborado pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).
A estimativa é que a estrutura consiga produzir e distribuir água para mais de 4,1 milhões de pessoas, a população estimada para a Grande Curitiba, em 2040. Até 2040, a produção de água tratada deverá saltar dos atuais 10,5 mil litros por segundo para 13,7 mil litros por segundo, um crescimento de mais de 31%.
A Sanepar estudou dez alternativas para ampliar a capacidade de produção de água tratada na capital e região. Considerando a disponibilidade hídrica e outros fatores, como ambientais e econômicos, atualmente se apresentam como mais viáveis a implantação de poços no Aquífero Karst; o sistema misto de poços no Karst e aproveitamento da água superficial da várzea do Capivari, formando o Sistema Capivari, e a implantação do Sistema Faxinal.
Consumo e capacidade de produção
Em 2013, eram consumidos na região 10.452 litros de água por segundo. Em 2040, a necessidade deverá chegar a 13.168 litros por segundo e a capacidade de produção deverá atingir o patamar de 13.765 litros por segundo.
Também deverá ter crescimento significativo a capacidade de reservação. Hoje, os 50 reservatórios em operação armazenam 315 milhões de litros. Com a construção de 10 centros de reservação e a ampliação de outros 10, poderá ser armazenado volume superior a 460 milhões de litros, 46% mais que o volume atual.
A Sanepar está elaborando o Plano Diretor para as próximas décadas. Está sendo revisado o planejamento da exploração de futuros mananciais, os estudos buscaram alternativas para otimizar a complexa infraestrutura de estações de tratamento, reservatórios e de rede de distribuição já instalados. Também são propostas melhorias para o sistema integrado, além de identificar melhor flexibilidade em sua operação.
O estudo considera fatores como as tendências de crescimento populacional e os hábitos de consumo per capita; onde a Sanepar vai captar água no futuro; como fará o transporte de longas distâncias; como será feito o armazenamento e a distribuição até os grandes centros consumidores, que são as áreas onde as pessoas moram.
O primeiro plano diretor de saneamento – que estudou o sistema de água e também o de esgoto – foi desenvolvido em 1975, com o título “Plano Diretor de Abastecimento de Água e Controle de Poluição para a Região Metropolitana de Curitiba”, com horizonte de 30 anos.