Curitiba - O Zoológico Municipal de Curitiba amanheceu mais triste nesta quarta-feira (10). O chimpanzé Pipo, um dos residentes mais conhecidos do local, morreu no fim da tarde de terça-feira (9), por volta das 16h30. Ele se deitou no recinto, e a equipe técnica confirmou o óbito momentos depois. Pipo tinha 52 anos.

Segundo o diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Edson Evaristo, a necropsia apontou insuficiência cardíaca decorrente do envelhecimento natural.
“Ele sofreu uma parada cardíaca. Pipo já tinha 52 anos, enquanto chimpanzés em ambiente selvagem costumam viver cerca de 40 anos”, explicou Edson Evaristo, diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna da Secretaria do Meio Ambiente de Curitiba.
Conhecido pelo hábito de carregar uma coberta por todos os cantos, Pipo era um dos animais mais populares do Zoológico e disputava atenção com o parceiro Bob, também idoso e bastante querido pelos visitantes.
“Temos o conforto de saber que Pipo recebeu os melhores cuidados possíveis enquanto esteve conosco e teve a companhia de Bob, seu grande amigo”, lamentou a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias.
Chimpanzé Pipo estava no Zoológico de Curitiba há 25 anos
O histórico do animal revela que Pipo foi capturado ainda filhote no Congo e traficado para o Brasil. Mantido como animal de estimação em um sítio no Rio de Janeiro, acabou sendo doado ao Zoológico do Rio de Janeiro em 1981, quando se tornou difícil de manejar.
Em 2020, em comum acordo com o Rio Zoo, trouxemos o Pipo para Curitiba, onde passou a fazer companhia ao Bob (também idoso) em um recinto amplo e muito arborizado com diversas plataformas e estruturas para eles desfrutarem”, disse Evaristo.
Nas redes sociais, o diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna destacou o desafio de trabalhar com fauna silvestre e entender os ciclos de vida dos animais.
“Cuidar de animais é sempre um desafio. Podemos acompanhar e celebrar os nascimentos e a vida desde o início, mas também temos que lidar com o ciclo da vida e dizer tchau aos idosos quando chega a hora. Fazemos tudo o que podemos para lhes dar o melhor atendimento e companhia enquanto estão sob nossos cuidados, e isso nos traz consolo, mas mesmo assim nunca é fácil quando eles vão embora”, escreveu Edson Evaristo.
A equipe do Zoológico e a Prefeitura de Curitiba manifestaram pesar pela morte de Pipo.
*Com informações da Secretaria de Comunicação Social de Curitiba
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