
Amigos que conviveram com a advogada Tatiane Spitzner e com o marido devem prestar depoimento
A advogada Tatiane Spitzner, que caiu do quarto andar de um prédio em Guarapuava, no interior do Paraná, sofria um relacionamento abusivo. As informações são do Ministério Público do Paraná com base nas investigações realizadas pela Polícia Civil.
Defesa de Tatiane Spitzner
Na quinta-feira (26), o advogado contratado pela família de Tatiane, Gustavo Scandelari, falou com a imprensa sobre o caso. De acordo com ele, um casal que conviveu com Tatiane e Luis Manvailer durante o período em que eles estiveram na Alemanha também deve prestar depoimento.
O pai da advogada também prestou depoimento à polícia e revelou que a família tinha conhecimento de que Tatiane queria o divórcio – situação que não era aceita por Luis, marido da vítima.
Scandelari também revela que o modo como o corpo foi encontrado e as características da arquitetura do prédio onde o casal morava não indicam que Tatiane possa ter se atirado da sacada do quarto andar e que a advogada não apresentava comportamento depressivo que indicasse que poderia tirar a própria vida.
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Marido de advogada é suspeito de feminicídio
Luis Manvailer segue preso preventivamente na Penitenciária Industrial de Guarapuava, por ser considerado o único suspeito da morte da esposa. Ele negou à polícia que tenha jogado a esposa do quarto andar.
As imagens de câmeras de segurança do prédio revelam que Luis arrastou Tatiane para dentro do prédio, deixando rastros e pegadas. Na sequência, ele deixou o local utilizando o carro da esposa, se envolveu em um acidente e foi preso quase na fronteira com o Paraguai.
Luis pode responder por feminicídio, com penas que variam de 12 a 30 anos de prisão em regime fechado.
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Assista à reportagem sobre a morte da advogada:
O repórter Daniel Santos traz os detalhes sobre o caso ocorrido em Guarapuava.