OPINIÃO RIC é um espaço no qual o Grupo expressa seus pontos de vista sobre temas relevantes ao estado e ao país. A RIC acredita que este posicionamento reforça sua missão, que é a de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do Paraná. O Editorial é apresentado às quartas-feiras por Alessandra Consoli no RIC Notícias, sendo reproduzido nos demais veículos do Grupo.

O Editorial desta semana trata de mais um embate entre a prefeitura e as empresas de ônibus de Curitiba.

Ameaças à população que pega ônibus

A prefeitura e as empresas do transporte coletivo de Curitiba estão no meio de uma briga que foi parar na Justiça sobre repasse de verbas.

As empresas querem um dinheiro que a prefeitura diz que o estado deve pagar…

Trata-se de mais um capítulo numa relação que mexe com a vida de 2,2 milhões de passageiros por dia e que pede atenção especial de todos.

O que não pode é mais uma vez a briga respingar nos passageiros, que até agora podem estar alheios à situação, mas são os que sofrem as consequências desse tipo de embate.

A disputa judicial veio acompanhada de ameaças de não pagamento do 13º salário aos funcionários, o que trouxe a reboque a sombra de paralisação do sistema – já houve pelo menos um indicativo de greve.

O prazo do 13º vence na sexta-feira (30/11).

Este tipo de coisa é uma afronta à população.

O suado dinheiro das passagens pesa no bolso dos passageiros, mas é insuficiente hoje para manter o sistema funcionando.

O poder público repassou só este ano R$ 800 milhões às empresas.

É muito dinheiro público envolvido.

O que se pode esperar de mais este caso? Duas coisas urgentes e básicas:

Que seja assegurada a circulação normal dos ônibus e os pagamentos aos trabalhadores. É o que manda a lei.

Além disso, um passo fundamental a ser dado é tomar medidas que deem mais transparência a um sistema que há décadas especializou-se em funcionar como uma resistente caixa-preta.

É preciso abri-la e simplificá-la. Há contratos nebulosos, situações mal explicadas, burocracias inoperantes…

Uma situação em que quem perde é toda a população – seja por um serviço básico que deveria funcionar melhor, seja pelo uso duvidoso do dinheiro público.

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