O deputado estadual Wilson Quinteiro (PSB) afirmou nesta sexta-feira (15) que a aeronave que caiu na manhã da última quarta-feira (13) em Santos, litoral de São Paulo, e matou o candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) e outras seis pessoas, havia apresentado uma falha elétrica no dia 16 de junho, durante visita de Campos à cidade de Londrina, no norte paranaense.

Líder do PSB na Assembleia Legislativa do Paraná, Quinteiro diz que, na ocasião, Eduardo Campos visitou Londrina para uma reunião. O ex-governador de Pernambuco seguiria para outro compromisso em Maringá, a cerca de 100 quilômetros, no mesmo avião, o Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA. De acordo com o deputado socialista, Eduardo Campos acabou viajando para Maringá de carro, por que a aeronave apresentou “problemas na ignição”. Marina Silva, candidata a vice, acompanhava o candidato.

“Ele, os assessores e Marina vieram de carro para a reunião em Maringá e o avião ficou no Aeroporto José Richa (em Londrina)”.

O deputado afirmou ainda que alugou outro jatinho para Campos seguir viagem, junto com a comitiva, para o Rio de Janeiro.

Na época, o avião com problema teria seguido para a cidade de Jundiaí, em 17 de junho. “O fato que me choca é ser a mesma aeronave. Quando soube do acidente, fui saber o modelo. Me espantei quando soube que era o mesmo”, concluiu.

A Infraero, que administra o Aeroporto de Londrina, confirmou que a aeronave esteve no norte do Estado nos dias 16 e 17 de junho. Mas disse não ter informações sobre eventuais problemas apresentados pelo avião.

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A Anac reiterou que o avião PR-AFA, modelo Cessna Aircraft 560XL, estava com a Inspeção Anual de Manutenção e o Certificado de Aeronavegabilidade válidos e que a última verificação anual completa das manutenções foi executada em fevereiro deste ano.

A aeronave, com capacidade para nove passageiros, de propriedade da Cessna Finance Export Corporation, era operada pela empresa privada AF Andrade, por meio de arrendamento operacional (leasing), conforme Registro Aeronáutico Brasileiro. A Anac pediu apoio à Polícia Federal para localização do operador, com o objetivo de verificar informações veiculadas pela imprensa sobre eventual venda da aeronave, ainda não comunicada à agência.

A RICTV resgatou imagens junto a uma produtora de vídeos de Maringá que mostram Eduardo Campos comentando sobre o atraso da comitiva na reunião em Maringá. “o avião não funcionou. Mas ainda bem que chegamos”, disse o candidato. Confira: