Bancários entraram no 18º dia de paralisação. Oferta patronal será avaliada
Os membros do Comando Nacional de Greve dos Bancários estão reunidos em São Paulo para avaliar a nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), de aumento salarial de 10% e reajuste de 14% sobre os vales-refeição e alimentação. A oferta patronal foi apresentada nesta sexta-feira (23), em rodada de negociações em São Paulo.
Em seguida, as negociações foram suspensas novamente em razão da condição imposta pela Fenaban para descontar ou realizar regime de compensação pelos dias em que os bancários ficaram parados, o que foi recusado pelos representantes da categoria. O Comando Nacional dos Bancários pede o abono total dos dias parados e pediu um intervalo para que a Fenaban construísse uma nova formulação sobre os dias parados que permita a finalização de uma proposta global.
No caso da correção dos vencimentos, houve uma pequena elevação sobre a última proposta, definida em 8,75%, mas que foi rejeitada pela categoria.
Os bancários entraram nesta sexta-feira no 18º dia de greve. No Paraná, 20.450 bancários e 830 agências que aderiram ao movimento. Em Curitiba e região, são mais de 15 mil bancários, 362 agências e 11 centros administrativos em greve.
De acordo com nota divulgada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, os bancos pretendem descontar os dias parados ou cobrar dos empregados a reposição das horas não trabalhadas.
As negociações em torno do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal vão ocorrer de forma separada, assim que terminarem as discussões entre os representantes dos bancários das demais instituições e da Fenaban.
Os bancários reivindicavam, inicialmente, reajuste de 16% (aumento real de 5,6%), com piso salarial R$ 3.299,66 e Participação em Lucro e Resultados de três salários-base, mais parcela adicional fixa de R$ 7.246,82. A categoria também pede vale-refeição e vale-alimentação no valor de R$ 788 e melhores condições de trabalho, com o fim das metas individuais.