As transferências foram determinadas por volta das 20h30 de terça-feira (Foto: Ricardo Vilches/RICTV Curitiba)

A decisão de transferência de Beto Richa e Fernanda Richa foram decretadas depois do pedido de habeas corpus das defesas

Beto Richa, ex-governador do Paraná e candidato ao Senado, e a mulher dele, Fernanda Richa, ex-secretária estadual, foram transferidos para o Regimento da Polícia Montada, no bairro Tarumã, em Curitiba, na noite desta terça-feira (11).

O casal estava no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, desde o final da tarde. As transferências foram determinadas por volta das 20h30 pelo desembargador Laertes Freitas Gomes, da 2º Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

A decisão da transferência de Carlos Alberto e Fernanda Richa foram decretadas depois do pedido de habeas corpus das defesas. O desembargador determinou que sejam prestadas informações sobre a situação processual do casal em 48 horas e deixou de apreciar o pedido liminar de soltura.

Beto Richa é preso suspeito de chefiar organização criminosa

Carlos Alberto Richa foi preso pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) durante a operação ‘Rádio Patrulha’, do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Curitiba. A operação é referente ao pagamento de propina a agentes públicos, lavagem de dinheiro, direcionamento de licitações de empresas e obstrução da Justiça durante o programa do Governo Estadual ‘Patrulha do Campo’. Segundo a promotoria, Beto fazia lavagem de valores ilícitos com apoio da mulher, Fernanda Richa.

Richa é alvo da 53º fase da Lava Jato

O candidato ao Senado pelo PSDB também é investigado pela Polícia Federal na operação batizada como ‘Piloto’. O apartamento de Beto foi alvo de mandado de busca e apreensão também na manhã de terça-feira (11). O nome dado à operação remete a codinome atribuído pelo Grupo Odebrecht em seus controles de repasses de pagamentos indevidos. 

Prisão de Beto próximo das eleições 2018

De acordo com especialistas em Direito Eleitoral, Richa pode continuar disputando a eleição tanto na prisão temporária como na prisão preventiva.  A diferença entre o caso envolvendo o pedido de candidatura de Lula e Beto Richa, é que o ex-presidente da república tem decisão colegiada de segunda instância – o que a Ficha Limpa torna inelegível, e, por isso, teve o pedido indeferido no TSE. Já Carlos Alberto Richa não tem condenação, teve apenas a prisão temporária decretada e mesmo que ela se converta em preventiva, não existem problemas quanto à inegibilidade.