Nesta quinta-feira (25) presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está no Paraná para lançar a revitalização do sistema de Furnas, na subestação de Foz do Iguaçu, oeste paranaense.
Depois de 36 anos, o sistema de Corrente Contínua de Alta Tensão (HVDC) de Furnas, que transmite ao mercado brasileiro a energia produzida pela usina de Itaipu, especialmente para a região Sudeste, será revitalizado. O investimento é de cerca de R$ 1 bilhão.
O aporte será feito pela margem brasileira da usina ao longo dos próximos cinco anos. Esse valor se soma aos mais de R$ 1,5 bilhão, num total de R$ 2,5 bilhões investidos pela gestão do general Joaquim Silva e Luna, há dois anos à frente da diretoria-geral da empresa (margem brasileira), em obras estruturantes. A modernização contempla a substituição completa dos principais componentes do Bipolo 1, nas subestações de Foz do Iguaçu e Ibiúna, além dos sistemas de supervisão, proteção e controle dos Bipolos 1 e 2.
A revitalização é considerada estratégica para ambos os países, tanto pela garantia de acesso ao mercado brasileiro, para o Paraguai, como pela segurança energética. O Paraguai tem direito a 50% da produção de Itaipu, mas com 15% já supre cerca de 90% de seu consumo de energia. O excedente de produção não utilizado pelo país vizinho é contrato pelo Brasil. A energia total de Itaipu abastece em torno de 14% de toda a demanda brasileira.
Desde que começou a operar, o sistema HVDC, considerado pioneiro na América Latina, não recebia reforma de grande porte. Por ele passaram 1,18 bilhão de megawatts/hora (MWh) dos mais de 2,7 bilhões MWh produzidos pela Itaipu desde 1984 (43% do total). O sistema se estende por 800 km, entre Foz do Iguaçu (PR) e Ibiúna (SP).
“Essa obra é extremamente importante para dar sustentabilidade ao sistema elétrico das duas nações amigas e garantir desenvolvimento para ambos os países. Em consonância às diretrizes do governo do presidente Jair Bolsonaro estamos investindo em inciativas e ações com resultados concretos e permanentes para a população, que vão desde à nossa atividade fim, que é geração de energia a obras que deixam legado. São obras que abrem frentes de trabalho e movimentam a economia, num momento tão importante de retomada do crescimento.”
diz o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.
Quando Itaipu foi construída, este sistema de corrente contínua era a única forma tecnicamente viável de escoar parte da energia produzida pela usina na frequência de 50Hz para o Sudeste, que experimentava grande expansão industrial. Hoje, o Brasil conta com mais dois sistemas similares, que são justamente utilizados para ligar usinas localizadas na Região Norte, distantes dos centros consumidores.
É o caso do sistema de CC que transmite a energia gerada pelas usinas Jirau e Santo Antônio, pertencentes ao complexo Rio Madeira, e o sistema da usina de Belo Monte, no rio Xingu.