Uma cadeirante precisou passar por um momento constrangedor para conseguir pegar um voo na madrugada desta segunda-feira (1) no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. Katya Hemelrijk da Silva, de 38 anos, teve de subir cerca de 15 degraus se arrastando para poder embarcar em uma aeronave da Gol, com destino a São Paulo. Naquele momento, não havia nenhum equipamento disponível para auxiliar a cadeirante e ela recusou ser carregada pelos funcionários por possuir uma síndrome rara, conhecida popularmente como “ossos de cristal”, onde qualquer movimento mais brusco pode causar uma fratura grave.
Pelo Facebook, a passageira deixou uma mensagem demonstrando sua indignação com a falta de estrutura do aeroporto e da companhia aérea:
“E o dia hj começou assim! Sem Startrack (descarregada) e sem Ambulift, pq no Aeroporto de Foz do Iguaçu não tem…a solução foi entrar assim no avião, às 5h20 da manhã. Bem chato GOL Linhas Aéreas Inteligentes. Só não foi pior pq a tripulação e os demais funcionários estavam tão indignados quanto nós e nos ajudaram no que foi preciso, inclusive resgatar a mala que já estava despachada para que eu pegasse uma calça”.
Outro lado
Em nota, a Gol Linhas Aéreas Inteligentes esclarece que o Stair Trac – equipamento utilizado para levar clientes com deficiência física até o interior de aeronaves – da base de Foz de Iguaçu não estava disponível para uso na manhã de ontem (1), e por isso não pôde ser utilizado durante o embarque do voo 1076. A companhia informa que tentou com as demais empresas conseguir o equipamento, o que também não foi possível, e ofereceu outras alternativas para a cliente, que optou por seguir sem a ajuda dos colaboradores da companhia. A Gol lamenta o ocorrido e informa que tomará as medidas necessárias para evitar que casos como este voltem a acontecer.
Consultada, a Infraero informou que o embarque e o desembarque de passageiros são da responsabilidade de cada companhia aérea.
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