Após o comediante Leo Lins ser condenado a oito anos e três meses de prisão em regime fechado após falas preconceituosas contra minorias, outros humoristas saíram em defesa do colega de profissão. Ele também deverá pagar uma multa de aproximadamente R$ 1,4 milhão, além de indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos.
Um dos primeiros comediantes a se pronunciar foi Rafinha Bastos, que atualmente trabalha com stand-up comedy nos Estados Unidos. Em um vídeo irônico, o gaúcho afirmou que, se Leo Lins foi condenado pelas piadas, atrizes que interpretaram papéis de vilãs em novelas também devem ser.
Além disso, o ator Antonio Tabet também se pronunciou. Em uma publicação compartilhada no X, antigo Twitter, o humorista afirmou que condenar Leo Lins pelas piadas é um “absurdo”.
“Pode-se não achar a menor graça ou até detestar as piadas de Leo Lins, mas condená-lo à prisão por elas é uma insanidade e um desserviço”, escreveu. “Espero que essa decisão completamente descabida seja revertida.”
“Estão prendendo comediantes por contar piada”, diz humorista em defesa de Leo Lins
Também na rede social, o humorista Mauricio Meirelles também defendeu o colega de profissão. De acordo com o comediante, “ninguém deve ser preso pela sua arte”.
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“Estão prendendo comediantes por contar piada. E tem comediante apoiando”, publicou.
Por fim, o apresentador e comediante Danilo Gentili separou dez minutos de seu programa de televisão para defender Leo Lins. Conforme Gentili, a decisão de condenar o humorista representa uma falha na sociedade brasileira.
“Uma sociedade que não sabe a diferença entre ficção e realidade, entre piada e verdade, não é uma sociedade do futuro, é uma sociedade pré-tribal”, criticou. “Se a gente, como sociedade, passar a aplaudir decisões que silenciam artistas, independente da arte que elas expressam, algo está muito errado e a gente está na beira do abismo”.
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Repórter
Formada em Jornalismo pela PUCPR, especialista na área de Esportes, Cultura e Segurança, além de assuntos virais da internet e trends das redes sociais.
