Centrais sindicais de todo o País planejam uma paralisação nacional de trabalhadores contra as mudanças promovidas pelo Governo Federal nas regras trabalhistas e previdenciárias, que alteram exigências para receber o seguro-desemprego e e pensão por morte, por exemplo. A informação é do presidente da Força Sindical, Miguel Torres.
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Segundo Torres, as manifestações estão previstas para o dia 23 de março e devem ocorrer principalmente nas capitais. O prazo para votação das medidas trabalhistas no Congresso encerra no dia 31.
Na manhã de quarta-feira (25), Miguel Torres participou de um café da manhã com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e afirmou não ter ido a Brasília disposto a fazer negociação com o governo sobre as Medidas Provisórias, já que, segundo ele, o governo primeiro apresentou os textos finalizados na aos deputados e só depois abriu canal de dialogo com a classe trabalhista.
Nesta tarde, os representantes sindicais são recebidos pelos ministros do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, da Previdência Social, Carlos Gabas, do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto.
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Uma primeira manifestação nacional estaria marcada para 2 de março, dia em que as restrições de acesso ao seguro-desemprego entram em vigor. Segundo Torres, se as medidas não forem revogadas, haverá greve em diversos setores no dia 25.
Também participaram do café da manhã com o presidente da Câmara, representantes da CUT, UGT, CGTB e da Nova Central Sindical de Trabalhadores. Eduardo Cunha defendeu que as medidas são importantes para o País e disse que as comissões mistas da câmara, que irão analisar os textos, serão instaladas na próxima semana.
O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), criticou a demora do Congresso para avaliar as medidas. “Há uma completa desarticulação da base governista, o que vai tornar ainda mais difícil a aprovação dos textos”, disse Mendonça. As MPs 664 e 665 passam a trancar a pauta do Congresso a partir do dia 19 de março.
No “Dia Nacional de Lutas em Defesa dos Direitos e dos Empregos”, celebrado em 28 de janeiro, as centrais sindicais do Paraná reuniram mais de 40 mil trabalhadores em protestos por todo o Estado, segundo números da Força Sindical. O objetivo do ato também foi protestar contra as medidas promulgadas pelo Governo Federal no final de 2014, além de reclamar das demissões em massa que tem ocorrido no País.