A chuva contínua não atrapalhou os objetivos da Passeata Nacional em Cascavel que aconteceu nesta quinta-feira (20). Cerca de 10 mil pessoas compareceram a manifestação que iniciou às 18h30 e acabou aproximadamente às 21h. Os manifestantes saíram do Calçadão da Avenida Brasil e seguiram até a Prefeitura da cidade, percurso com cerca de três quilômetros.

A chuva permaneceu durante todo o trajeto, no entanto isso não foi problema para os presentes. “A chuva não nos atrapalha quando temos que lutar pelo nosso país e o futuro dos nossos filhos. O povo que saiu às ruas está de parabéns.” Ressaltou Josielle Damazzini, mãe e participante da passeata.

Em meio ao protesto, os cartazes, as vozes e as expressões mostraram a ideologia do momento. A luta era por melhorias na saúde, transporte público, educação, segurança e justa administração pública. O hino nacional foi cantado durante a percurso.

Na passeata não houve violência, no entanto um pequeno grupo tentou praticar atos de vandalismo durante a caminhada, mas sempre que alguém ousava manifestar-se de forma violenta, a maioria se mostrava contra, com vaias e grito em comum, “sem violência”. Para o manifestante Alessandro Marques, que se manteve com a equipe organizadora em todo momento, vandalismo nunca foi o objetivo do manifesto. “Algumas pessoas queriam agir violentamente, mas sempre barramos quem quis fazer isso. Avistei um grupo com pedras nas mãos e fui atrás e os adverti. Ninguém agiu com violência porque estamos lutando por uma causa democrática e isso se faz de forma pacífica”.

Para o Major da Polícia Militar, Rubens Garcez a manifestação ocorreu como esperado. “Em termos de segurança o que planejamos aconteceu. Conversamos com a liderança do manifesto e acordamos que não haveria vandalismo. A totalidade presente é de pessoas de bem e que demonstram que Cascavel sabe se manifestar democraticamente.”

O objetivo dos ativistas é continuar. Neste sábado (22), manifestantes se reunião às 14h em frente à Catedral da cidade para lutar contra a PEC 37, o projeto que visa incumbir privativamente à apuração das infrações penais às policias federal e civis dos estados e Distrito Federal.

Felipe Chervinski, presente na passeata, afirma que o movimento não acabará. “Não estamos manifestando por centavos, estamos lutando por um país justo e melhor para todos, com certeza vamos continuar. É a vez desta geração fazer história.”