Os médicos diagnosticaram o problema cerca de três anos após o parto. (Foto: Reprodução/The Sun)

Grace deu à luz ao seu segundo filho e quase perdeu a vida

Grace Mountain, de 35 anos, quase morreu quando seu cérebro explodiu para fora do crânio durante um trabalho de parto muito longo no ano de 2013, em Berkshire, na Inglaterra. O mais curioso é que ela só foi saber o que tinha acontecido cerca de três anos depois.

De acordo com o site The Sun, em 2010, ela foi diagnosticada com malformação de Chiari II – onde o cérebro desliza para a base do crânio e empurra para baixo a medula espinhal. Após passar por uma cirurgia, a situação e a dor eram administradas com medicação, mas tudo saiu do controle quando foi dar à luz ao seu filho Patrick, em outubro de 2013.

Apenas três anos depois do ocorrido e de muitas dores, em dezembro de 2016, um especialista em Liverpool fez uma ressonância magnética e descobriu o que havia acontecido. “Houve uma enorme pressão no meu cérebro e na minha medula espinhal” contou a mulher que quase morreu.

Gravidez

Grace, que tem um filho, Jacob, de 13 anos, de um relacionamento anterior, contou como ela e seu namorado Mike, de 26 anos, ficaram emocionados quando ela descobriu que estava esperando seu segundo bebê em janeiro de 2013.  

Segundo ela, sua gravidez foi tranqüila e realmente ajudou a aliviar seus sintomas – no entanto, seu trabalho de parto estava longe de ser simples.

Parto

No dia do parto, após 76 horas sem alívio da dor – já que sua condição significa que ela não pode ter uma epidural – durante a qual Grace sofreu três convulsões, fez uma cesariana de emergência e acabou em tratamento intensivo, ela quase morreu. “Mais tarde eu li minhas próprias anotações e descobri que meu coração parou durante a operação e tiveram que me ressuscitar”, contou ao The Sun.

Três dias depois, Grace e Patrick tiveram permissão para ir para casa – mas, em vez de se recuperar rapidamente, ela continuou se sentindo mal. “Voltei para o hospital algumas vezes porque minha cabeça estava muito dolorida e eles me enganaram, dizendo que era por causa da minha condição e não havia nada realmente errado”, lembrou Grace.

Recuperação

Alguns meses depois, ela acordou de manhã e não pode ficar em pé e uma ambulância foi chamada. “Nós ligamos para a ambulância porque eu não pude andar. Mais uma vez, eles nem sequer me deram um exame de ressonância magnética e disseram que era consequência do trauma da dores que sofri no parto e que era tudo da minha cabeça”, contou ao The Sun.

Nos três anos seguintes, Grace ia e voltava do hospital, cada vez implorando para que fizessem alguma coisa.

Com a Grace incapaz de trabalhar, a família lutou e mudou-se para um bangalô com acesso para cadeira de rodas, com os cuidadores chegando para ajudar a cuidar de Patrick. “Foi horrível ter um bebê muito novo e não ser capaz de cuidar dele adequadamente, foi horrível”, admitiu Grace.

“Obviamente, com o hospital dizendo que não havia nada de errado comigo, as pessoas começaram a acreditar nisso, então foi uma época muito solitária”.

A descoberta

Grace passou por várias cirurgias. (Foto: Reprodução/The Sun)

Somente quando ela viu um especialista em Liverpool, três anos depois, que o problema real foi descoberto. “Eu não sei como você ainda está funcionando”, teria dito o médico à paciente.

No início, Grace progrediu bem após a cirurgia, mas depois sua ferida começou a vazar fluido espinhal e, mais tarde, ela contraiu meningite asséptica, que necessitava de antibióticos fortes.

Ela passou um mês em Liverpool, depois desmaiou três dias depois de voltar para casa e foi levada às pressas para o Hospital John Radcliffe, em Oxford, onde passou por mais três cirurgias. “Eles tiveram que colocar em um shunt – um buraco que permite o movimento de fluido de uma parte do corpo para outro – e um monitor”, disse Grace.

“Ao todo, estive no hospital por cerca de três meses. Em um determinado momento, eles ligaram para minha mãe e disseram que eu não conseguiria passar a noite”, contou a mulher que lembra emocionada da história.

Nas últimas seis a oito semanas, Grace gradualmente começou a sentir-se melhor e agora pode caminhar curtas distâncias sem ajuda, mas ainda está tomando morfina e analgésicos fortes.

Enquanto não há cura para sua condição e ela pode precisar de nova cirurgia, Grace está determinada a não desistir e estar lá para seus filhos. “Sinto-me culpado por perder tanto com meus filhos”, disse ela.

Grace com sua família. (Foto: Reprodução/The Sun)

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