Por Rajendra Jadhav
MUMBAI (Reuters) – As chuvas de monções anuais da Índia já cobriram metade do país e as condições são favoráveis para um avanço maior rumo às partes centrais e oeste do país nesta semana, disse o departamento meteorológico do país nesta segunda-feira.
O progresso das monções ajudará produtores rurais a acelerar o plantio de culturas de verão, que estava atrasado devido à demora na chegada das precipitações.
“Nos últimos três dias, a monção ganhou ritmo. Ela já cobriu todo o sul e o leste da Índia”, disse um representante do Departamento Meteorológico da Índia que não quis ser identificado.
As condições são favoráveis para um avanço das chuvas de monções rumo ao Estado de Madhya Pradesh, no centro do país, e rumo ao Estado de Gujarat, no oeste, segundo ele.
As monções chegaram ao Estado de Kerala, ao sul, em 8 de junho, ante 1 de junho caso seguissem seu ritmo usual. Mas o ciclone Vayu que se desenvolveu no Mar Arábico tirou umidade da monção e enfraqueceu seu progresso– ela normalmente cobre metade da Índia em meados de junho.
A monção gerou chuvas 38% abaixo do normal desde o início da temporada, em 1º de junho, devido ao atraso, segundo dados compilados pelo IMD.
“O déficit de precipitação caiu para 38%, de 44% na semana passada. No final do mês, será muito menor”, disse o representante do IMD.
As monções geram cerca de 70% das chuvas anuais da Índia e são uma força vital para a economia do país, estimulando a produção agrícola e impulsionando investimentos rurais.
A semeadura de safras de verão como algodão, arroz, soja, milho e leguminosas foi adiada por quinze dias, mas pode acelerar nas próximas semanas devido ao recente período de chuvas, disse Harish Galipelli, diretor de commodities e moedas da Inditrade Derivatives & Commodities em Mumbai.
Os agricultores haviam plantado 9,1 milhões de hectares com culturas de verão até 21 de junho, uma queda de 12,5% em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados provisórios do Ministério da Agricultura. A semeadura de algodão caiu 12%, enquanto o plantio de soja registrou retração de 57% no período.
“O atraso no plantio não terá impacto sobre a produtividade se conseguirmos boas chuvas nos próximos dois meses”, disse Galipelli.