Caminhões-pipa estão atendendo situações emergenciais, como hospitais, postos de saúde, creches e asilos
As fortes chuvas que cairam sobre o Norte interrompeu o abastecimento de água, parcial ou totalmente, em 13 o cidades da região. Na maioria delas não há previsão de normalização do abastecimento. Caminhões-pipa estão atendendo situações emergenciais, como hospitais, postos de saúde, creches e asilos. A orientação da empresa é para que, em situações como esta, a população use a água de forma racional, priorizando a alimentação e a higiene, sem desperdiçar.
Em Maringá, o abastecimento deve continuar suspenso para 85% da população, pelo menos, até esta quarta-feira (13). Com as chuvas dos últimos dias o nível do rio Pirapó, que abastece a cidade, subiu mais de 10 metros, baixando apenas dois metros no decorrer do dia de hoje. O sistema de bombeamento e parte da adutora de transporte de água bruta (que também foi danificada) continuam submersos, dificultando o acesso dos técnicos da empresa para uma avaliação dos danos causados pela inundação. Equipes da Sanepar continuam monitorando o rio e já iniciaram a limpeza e a manutenção do sistema elétrico, que também foi afetado pela água.
Em Londrina, a situação também é crítica. O Rio Tibagi subiu quatro metros no ponto de captação e ameaça inundar a unidade. Neste momento, o sistema que atende Londrina e Cambé opera com apenas 30% da capacidade de produção, o que significa que cerca de 400 mil moradores de Londrina e de Cambé podem ficar sem água. A expectativa da Sanepar é que a produção seja normalizada em pelo menos 48 horas.
A orientação é que moradores que têm caixas-d’água em suas residências usem a água de forma racional, restringindo o consumo para alimentação e higiene pessoal. “A prioridade será abastecer clínicas e hospitais”, disse o gerente geral da Sanepar na região de Londrina, Sérgio Bahls, durante entrevista coletiva no gabinete do prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff, que reuniu secretários municipais, Defesa Civil, Sanepar, Copel, Corpo de Bombeiros e Coordenação Estadual da Região Metropolitana (Comel).
Bahls explicou que a produção de água chegou a esses níveis devido ao alto índice de turbidez do Rio Tibagi e do Ribeirão Cafezal, principais mananciais de abastecimento de Londrina e Cambé. Na terça-feira (12), o índice de turbidez chegou a 3.000 – em dias normais, a turbidez do Tibagi varia de 5 a 10. As estações de tratamento da Sanepar na cidade têm condições de tratar a água com até 1.500.