A terça-feira ainda será de bastante chuva em todas as regiões do Estado

O número de pessoas afetadas pelas chuvas da última semana no Paraná não para de aumentar. Segundo boletim da Defesa Civil, atualizado às 18h30 desta segunda-feira, o estado já tem 9.454 vítimas dos temporais. Já são 1.812 casas danificadas em 41 municípios. Quase 200 pessoas estão desalojadas e 27 estão desabrigadas.

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A situação mais crítica foi registrada em Pato Branco, na região sudoeste do Paraná, onde 1.640 pessoas foram afetadas e 375 casas ficaram danificadas depois do vendaval do dia 20 e da chuva de granizo do dia 22. Em Chopinzinho, também no sudoeste, 1.350 pessoas foram prejudicadas pelas chuvas de granizo que caíram nos dias 20 e 21.

Segundo o Instituto Meteorológico Simepar, a chuva deve continuar intensa no Estado nesta terça-feira (27). Segundo o instituto, a previsão é que a instabilidade se intensifica na Região Sul do Brasil. No Paraná as chuvas, acompanhadas de descargas atmosféricas (raios), são previstas preferencialmente para o período da tarde e seguem mais expressivas entre as regiões sudoeste, oeste e noroeste, especialmente nas áreas de fronteira com Paraguai e Argentina e na divisa com o Mato Grosso do Sul.

Na quarta e quinta-feira a chuva dá uma leve trégua em muitas das cidades do Paraná. Clique aqui e confira a previsão do tempo para a sua cidade. Na quarta-feira a condição para chuvas significativas diminui. O vento predominante transporta muita umidade no ar, mas o tempo fica mais estável. Há chance maior de chuvas, passageiras no interior do Paraná, onde as temperaturas devem subir. Na RMC e no Litoral haverá bastante nebulosidade, com menor variação de temperaturas.

Prejuízos

As fortes chuvas que atingem toda a região sul do País está causando prejuízos no Complexo Portuário do Itajaí, em Santa Catarina, onde as perdas chegam a R$ 52,81 milhões. Segundo a assessoria de imprensa do complexo, este valor é referente a taxas como de serviços portuários e impostos que deixaram de ser recolhidos durante os 13 dias em que o porto permaneceu fechado no mês de outubro, além de outros cinco em que o funcionamento foi parcial, abaixo de 60% da capacidade. O grande volume de chuvas que atinge a região desde o início de outubro impede que navios atraquem no porto.

No Rio Grande do Sul, as enchentes trazer preocupação para os agrigultores. As chuvas de granizo também causam problemas nas regiões produtoras dos três Estados do Sul. O deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) apresentou levantamento da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) que mostra que 23 mil produtores de fumo pediram cobertura do seguro depois dos problemas climáticos. Os parlamentares da bancada ruralista tentam calcular o prejuízo na produção na região, não apenas para o fumo, e levantar as dívidas de produtores com financiamentos de custeio e investimento. “Já estamos alertando os bancos”, disse o deputado.