Um grupo de cientistas chilenos descobriu uma nova espécie de aranha venenosa, que foi batizada como Calathotarsus giga. A espécie, que assusta pelo tamanho, já que pode medir até 10 centímetros, é apenas a quinta conhecida em todo o mundo da família das aranhas “pollito”. No entanto, o que mais chamou a atenção dos pesquisadores é o local onde a aranha foi encontrado, na região central do país.

Conforme os cientistas, isto faz com que a espécie seja a “mais austral” do Chile. De acordo com o Portal ND+, o estudo científico se baseou em um exemplar macho encontrado morto em 2023, na localidade de Las Rastras, na Região do Maule, uma das 16 divisões administrativas do país.
Aranha pertence à família presente somente na região
De acordo com a pesquisa, o gênero Calathotarsus é composto por aranhas migalomorfas pequenas, pertencentes à mesma família das aranhas “pollito”. Até hoje, somente cinco espécies são conhecidas, sendo duas na Argentina e, agora, três no Chile.
O novo achado posiciona a Calathotarsus gigas como a 772ª espécie de aranha registrada no Chile. Entretanto, apesar dessa diversidade, a aranha apresenta características bem distintas dos outros aracnídeos do país.

Espécie leva vida reclusa
Conforme os estudos, a Calathotarsus gigas é uma aranha que vive de forma bastante reclusa. Ela constrói seu abrigo no solo de florestas de esclerófilo, que são áreas com vegetação adaptada a climas secos e resistentes ao fogo.
Essas aranhas preferem ficar escondidas, e sua toca serve como um local seguro para se alimentar e se proteger. A tampa da entrada de seu esconderijo ajuda a mantê-la oculta e a evitar predadores.
Como outras aranhas do gênero Calathotarsus, ela provavelmente se alimenta de pequenos insetos e outros artrópodes que caem nas proximidades do abrigo. Ela pode caçar de forma semelhante a outras aranhas migalomorfas, que aguardam a presa passar perto e, então, atacam rapidamente.

Risco de picadas é baixo
Apesar de possuir glândulas de veneno, a nova espécie não é considerada perigosa. Isso porque os especialistas afirmam que o risco de mordida para os humanos é muito baixo. As fêmeas dessa família raramente saem de suas tocas, e os machos só emergem para acasalar em períodos específicos do ano.
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