Um grupo de pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETHZ), da Suíça, elaborou um método para extrair ouro 22 quilates de dispositivos eletrônicos, normalmente jogados fora por grande parte da população mundial.

Lixo eletrônico
O ouro é um componente importante na fabricação de dispositivos eletrônicos. (Foto: Freepik)

O método consiste em extrair o metal de placas-mãe, chips ou pequenos circuitos. De modo geral, coletar estes dispositivos eletrônicos que pesam em média 25 gramas e reaproveitar o ouro de forma sustentável.

Chave para a extração do ouro

A técnica elaborada pelo ETHZ se destaca pelo uso de esponjas compostas por fibrilas de proteínas originadas da indústria de laticínios. Quando mergulhadas em soluções metálicas contendo dispositivos distribuídos, essas esponjas têm capacidade de captar e reter os íons de ouro.

Posteriormente, um processo de aquecimento converte essas partículas em pequenas pepitas, permitindo a degradação de até 450 miligramas de ouro de 22 quilates a partir de apenas 20 placas-mãe obsoletas.

Novas oportunidades de trabalho

Caso a técnica da ETHZ se torne um método comum, os pesquisadores defendem que ela causará um grande impacto no mercado de trabalho, já que surgirá uma grande demanda por mão de obra especializada para a coleta, processamento e transformação desses resíduos eletrônicos.

Além disso, com a nova maneira de se obter ouro, seria possível reduzir a atividade mineradora e, por consequência, os impactos ambientais gerados pela extração do metal na natureza.

Método pode ser uma solução para o lixo eletrônico

Com o aumento do consumo tecnológico nas últimas décadas, o lixo eletrônico passou a ser uma preocupação mundial, já que o acúmulo deste tipo de entulho, com metais pesados e ligas tóxicas, é extremamente prejudicial ao meio-ambiente.

Com a proposta da ETHZ, o lixo eletrônico seria ressignificado em lucro, tornando o método uma solução ambiental e também econômica.

*Com supervisão de Jorge de Sousa

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Caio Yuke

Estagiário de jornalismo

Caio Yuke, estagiário cursando o 8º período do curso de jornalismo da PUCPR, com o trabalho voltado principalmente às áreas de Loterias e Esportes, além de atualizações de 'onde assistir' aos jogos.

Caio Yuke, estagiário cursando o 8º período do curso de jornalismo da PUCPR, com o trabalho voltado principalmente às áreas de Loterias e Esportes, além de atualizações de 'onde assistir' aos jogos.