Uma nova pesquisa afirmou ter desvendado o mistério de um possível esqueleto de ‘dragão’ mumificado guardado há séculos, após ser encontrado em um templo no Japão. Cientistas fizeram uma revelação surpreendente após novos estudos utilizando tecnologia de raios-x e datação por radiocarbono.

Esqueleto de dragão
Os cientistas determinaram que o animal viveu entre os séculos 11 e 12 (Foto: Reprodução/Office of the Shosoin Treasure House)

De acordo com registros históricos, o suposto esqueleto de dragão foi descoberto em 1429, durante uma visita do xogum Yoshinori Ashikaga ao templo budista Tōdai-ji, localizado em Nara, no Japão. Na ocasião, um monge relatou ter visto algo semelhante a um “pequeno dragão” ressecado pelo sol. Encantado com a descoberta, o xogum ordenou que os restos fossem preservados, e assim começou a lenda do “dragão mumificado”.

Atualmente, o fóssil segue guardado no Tesouro Shosoin, na mesma cidade onde foi encontrado.

Por séculos, o objeto foi tratado como uma relíquia lendária, exibido com reverência e descrito em crônicas históricas como um exemplo de “dragão arco-íris”, uma criatura mitológica da cultura japonesa. Na mitologia, o dragão representa força, proteção e sabedoria espiritual.

Dragão: verdade foi revelada

O que parecia um ser mítico ganhou uma explicação científica. Segundo um estudo recente, o esqueleto é, na verdade, um fêmur mumificado de uma marta, um animal semelhante a uma doninha, nativo das regiões central e sul do Japão. (Veja a foto abaixo)

Marta, são animais mustelídeos escaladores de árvores (Foto: Reprodução/Scottish Wildlife)

Utilizando tecnologia de raios-X e datação por radiocarbono, os cientistas identificaram características anatômicas típicas do gênero Martes, como a presença de dois pré-molares específicos. A análise também indicou que o animal provavelmente viveu entre os séculos XI e XII.

A ausência das patas dianteiras e o formato alongado do corpo foram fatores determinantes para que, à época, o animal fosse confundido com um pequeno dragão, alimentando a lenda que resistiu por séculos.

Ainda assim, a peça do “esqueleto de dragão”continua sendo um patrimônio cultural valioso.

Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui

Eduardo Teixeira

Repórter

Eduardo Teixeira é formado em Jornalismo pela Uninter. Possui experiência em pautas de Segurança, como acidentes e crimes, além de virais da internet, trends das redes sociais e pautas de Cultura. Também atua como repórter de TV e rádio.

Eduardo Teixeira é formado em Jornalismo pela Uninter. Possui experiência em pautas de Segurança, como acidentes e crimes, além de virais da internet, trends das redes sociais e pautas de Cultura. Também atua como repórter de TV e rádio.