Clínicas de fonoaudiologia estão sendo investigadas pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do Núcleo de Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio do Gaeco de Santa Catarina, por prestarem atendimentos especializados em áreas para as quais não possuíam qualificação, especialmente a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

De acordo com o MPPR, os certificados falsos de cursos técnicos e de pós-graduação permitiam que as clínicas obtivessem habilitação e participassem de licitações do Consórcio Intermunicipal de Saúde (Conims).
Nesta etapa, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Santa Catarina, dois em Xanxerê e um em Maravilha. As ordens, expedidas pelo Juízo Criminal de Pato Branco, no Sudoeste do Paraná, foram executadas em duas clínicas de fonoaudiologia e na residência de uma das investigadas. Também foi determinado o sequestro judicial de R$ 265 mil nas contas das suspeitas.
As investigações iniciaram no ano passado
As investigações começaram em 2024, após apuração da Delegacia de Polícia de Coronel Vivida, que identificou a utilização de certificados falsificados por clínicas de fonoaudiologia para participar de licitações e receber valores mais altos por atendimentos especializados custeados pelo poder público.
Na primeira fase da operação, deflagrada em agosto, o Gaeco cumpriu mandados em São Lourenço do Oeste (SC) e em Pato Branco. As provas coletadas indicaram que outra profissional do mesmo ramo também utilizava documentos falsificados para atuar de forma irregular. Juntas, as duas fonoaudiólogas investigadas receberam de forma indevida cerca de R$ 265 mil, montante que foi bloqueado pela Justiça.
Durante a segunda fase, foram apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos que serão analisados pelo MPPR.
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