A greve de ônibus em Curitiba e Região Metropolitana foi confirma para acontecer a partir da 00h de segunda-feira (26). A confirmação foi nada pelo presidente do Sindicato de Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Anderson Teixeira, na tarde desta  sexta-feira (26). Ele destacou que a greve é “geral e por tempo indeterminado”.

Segundo o sindicato, não haverá frota mínima. “Segunda-feira não teremos nenhum ônibus na rua”, afirmou Teixeira.

A URBS (Urbanização de Curitiba) enviou um ofício extrajudicial nesta quinta-feira (22) pedindo que o Sindimoc e o Setransp (Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano de Passageiros) pedindo que fosse garantida frota mínima de 70%, caso a greve fosse mesmo deflagrada. Anderson Teixeira diz que não recebeu nenhuma determinação judicial e que não haverá ônibus.

Leia mais:

Clique aqui e entenda os motivos da greve dos motoristas e cobradores de ônibus

URBS pede garantia de frota mínima aos sindicatos em caso de greve de ônibus

Motoristas e cobradores de ônibus preveem dificuldades em negociação salarial

Se formos notificados, deveremos respeitar a decisão judicial, mas até o momento isso não aconteceu e a greve será geral. O pagamento do vale não caiu. O trabalhador não pode mais ser vítima desse jogo político de empurra-empurra entre a Prefeitura e o Governo do Estado. Quem sai prejudicado é sempre o trabalhador”, disse Teixeira.

Em nota, a Prefeitura de Curitiba deu a entender que o principal responsável pela greve é o Governo do Estado, que “desde outubro do ano passado, não faz o repasse do subsídio referente ao transporte metropolitano, totalizando uma dívida de R$ 16,5 milhões, sem contar janeiro de 2015” e que “não apresentou nenhuma proposta de pagamento desta dívida e ainda quer reduzir o subsídio metropolitano de R$ 7,5 milhões para R$ 2,3 milhões/mês”, destaca a nota.

 

Leia também: Governo do Paraná rebate nota da Prefeitura e acusa URBS de “evasão de recursos” e “apropriação indébita”

A administração municipal se manifestou ainda sobre a data base e a proposta de reajuste salarial feita pelo Sindimoc. “Em um primeiro momento, os trabalhadores do sistema acenam com pedido de reajuste de 15% + INPC a partir de 1º de fevereiro, 33% no vale alimentação e 50% na assistência médica. Nos últimos três anos, a categoria recebeu aumentos médios de 10% e hoje tem o maior piso entre as capitais”. A prefeitura lembra ainda que os salários da categoria representam metade do valor da tarifa e avisa: “o porcentual de reajuste dos trabalhadores que for definido será integralmente repassado à tarifa”.