Chuva obriga Copel a abrir comportas do Capivari, que podem afetar comunidades no Paraná

Publicado em 30 nov 2022, às 11h16. Atualizado às 11h56.

Moradores ribeirinhos da região de Campina Grande do Sul estão sendo retirados com o risco de alagamento de suas casas com as águas da comporta do reservatório do Capivari. A Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) abriu duas delas para dar vazão ao grande volume de água em razão das fortes chuvas no estado.

Segundo a empresa, o reservatório recebeu a maior vazão de água da história. Uma ponte que fica a cerca de 1 quilômetro da barragem, na zona rural de Campina Grande do Sul, pode ficar submersa com o aumento da vazão no leito do rio. A água já está atingindo a lateral da ponte.

A abertura foi iniciada nesta terça-feira (29) e é realizada de maneira gradativa. Na manhã desta quarta-feira (30), as duas comportas se abriram um pouco mais. A cada aumento na abertura das comportas, uma sirene é tocada para que os moradores fiquem atentos ao aumento na vazão do leito do rio abaixo da barragem. Moradores de Campina Grande do Sul e também Bocaiúva do Sul devem ser afetados.

Reservatório recebeu maior vazão da história

De acordo com a Copel, a vazão afluente (da água que chega ao reservatório) nesta terça-feira (29) é a maior desde que há monitoramento do rio Capivari. O monitoramento começou há 91 anos, em 1931.

A empresa informa que a abertura das comportas é um procedimento normal que precisa ser adotado porque o reservatório chegou ao nível máximo de armazenamento. A abertura do reservatório, que abastece a Usina Governador Parigot de Souza, não acontecia desde 2016.