Chuva obriga Copel a abrir comportas do Capivari, que podem afetar comunidades no Paraná
Moradores ribeirinhos da região de Campina Grande do Sul estão sendo retirados com o risco de alagamento de suas casas com as águas da comporta do reservatório do Capivari. A Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) abriu duas delas para dar vazão ao grande volume de água em razão das fortes chuvas no estado.
Segundo a empresa, o reservatório recebeu a maior vazão de água da história. Uma ponte que fica a cerca de 1 quilômetro da barragem, na zona rural de Campina Grande do Sul, pode ficar submersa com o aumento da vazão no leito do rio. A água já está atingindo a lateral da ponte.
A abertura foi iniciada nesta terça-feira (29) e é realizada de maneira gradativa. Na manhã desta quarta-feira (30), as duas comportas se abriram um pouco mais. A cada aumento na abertura das comportas, uma sirene é tocada para que os moradores fiquem atentos ao aumento na vazão do leito do rio abaixo da barragem. Moradores de Campina Grande do Sul e também Bocaiúva do Sul devem ser afetados.
Reservatório recebeu maior vazão da história
De acordo com a Copel, a vazão afluente (da água que chega ao reservatório) nesta terça-feira (29) é a maior desde que há monitoramento do rio Capivari. O monitoramento começou há 91 anos, em 1931.
A empresa informa que a abertura das comportas é um procedimento normal que precisa ser adotado porque o reservatório chegou ao nível máximo de armazenamento. A abertura do reservatório, que abastece a Usina Governador Parigot de Souza, não acontecia desde 2016.