A CPI do Transporte Coletivo da Câmara de Curitiba apresentou, na tarde desta quinta-feira (28), o relatório final dos cinco meses de investigações. Com mais de 200 páginas, o documento elaborado pelo relator Bruno Pessuti (PSC), com ressalvas dos demais vereadores do colegiado especial, aponta sugestões para reduzir a tarifa até a R$ 2,22. Também propõe uma nova licitação do sistema e dezenas de indiciamentos.

A CPI do Transporte Coletivo propôs indiciamentos por dois motivos: suspeita de fraude na licitação e sonegação fiscal. O primeiro grupo, que traz Isfer e Ghignone, também reúne membros da Comissão Especial de Licitação e da comissão técnica da Urbs que assessorou o processo. Diversos deles foram ouvidos pelo colegiado, como Luiz Filla, Rodrigo Grevetti e Cássia Ricardo de Aragão.

O documento levanta dúvidas sobre o “imotivado favorecimento de determinadas concorrentes a tornar as antigas operadoras do sistema concorrentes imbatíveis no certame, o que evidentemente teve o condão de frustrar o caráter competitivo, o que caracteriza fraude à licitação”.

No segundo grupo, são apontadas cerca de 60 pessoas e 35 empresas ligadas aos consórcios que operam a Rede Integrada de Transporte (RIT). Sobre eles há a suspeita de formação de cartel, apropriação indébita e sonegação do Imposto Sobre Serviços (ISS), Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL).

Confira abaixo a matéria que foi ao ar no RIC Notícias desta quinta-feira (28):