Segundo a Urbs, apenas duas (Santo Antonio e Mercês) das 11 empresas existentes operam com 100% da frota
A terça-feira (12) começou tumultuada em Curitiba e Região Metropolitana. Parte dos motoristas e cobradores do transporte coletivo cruzaram os braços e iniciaram uma nova greve a partir da meia-noite. Eles protestam contra atrasos no pagamento de salários referentes ao último mês de dezembro, que deveria ter sido realizado no último dia 7.
A paralisação dos ônibus afeta cerca de 2 milhões de usuários. No início da manhã, muitas pessoas eram vistas em terminais e praças da capital esperando, em vão, por transporte.
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Segundo a Urbs, apenas duas (Santo Antonio e Mercês) das 11 empresas existentes operam com 100% da frota. “Expresso Azul opera com 80% da frota e outras duas empresas operam com 50% (Tamandaré) e 30% (Marechal). As outras seis empresas – Redentor, Sorriso, Glória, CCD, São José e Araucária – não entraram em operação no primeiro horário.
A Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) informou que o transporte coletivo metropolitano não foi afetado pela greve de ônibus e funciona normalmente. A greve atinge diversas linhas do transporte coletivo da capital. Na Grande Curitiba, a exceção é Araucária, onde a Comec trabalha para encontrar uma solução o mais breve possível, diz a nota.
Os passageiros de Fazenda Rio Grande, que fazem integração no Terminal Pinheirinho, estão sendo trazidos até a Praça do Japão. Já os usuários de algumas linhas de Almirante Tamandaré e Colombo, que fazem a integração no Terminal Cabral, vão poder desembarcar no Passeio Público.
Em acordo firmado pelos sindicatos com a Justiça do Trabalho, os grevistas devem manter em circulação 50% da frota nos horários de pico – das 5h às 9h e das 17h às 20h – e 30% no restante do dia.
A Urbs enviou uma nota à imprensa afirmando que “está em dia com os pagamentos para as empresas de ônibus e fez nesta segunda-feira (11) o repasse de R$ 1,4 milhão (dinheiro que poderia ser pago até a quarta-feira) para evitar a paralisação”.
Atualmente, Curitiba conta com uma frota operante de 1.368 ônibus, operada por aproximadamente 16 mil funcionários.
O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) enviou uma nota acusando o Sindimoc de não cumprir o que havia acordado na última reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em 7 de dezembro, caso os salários não fossem pagos integralmente. O compromisso do Sindimoc era de garantir o funcionamento de frota mínima de 30% no horário regular e de 50% no horário de pico. O Setransp afirmou que vai entrar na Justiça contra o Sindimoc, de acordo com o que foi estabelecido em ata naquele dia.
As empresas de ônibus afirmam que a garantia de frota mínima tem de ser respeitada pelo Sindimoc. A frota das empresas está disponível para rodar, mas impedida de sair das garagens pelo movimento grevista.
As empresas informam ainda que estão buscando pagar integralmente seus colaboradores o quanto antes.
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