Curitiba não terá greve de ônibus nesta quinta (12)

Publicado em 12 maio 2022, às 05h51. Atualizado às 06h28.

A greve geral do transporte coletivo de Curitiba, marcado para esta quinta-feira (12), não vai mais acontecer. As empresas de ônibus realizaram todos os pagamentos de salários atrasados dos funcionários que, por isto, retiraram o indicativo de greve.

Os trabalhadores com remunerações pendentes eram das empresas CCD, Tamandaré e Glória. Os pagamentos foram efetuados ao longo da tarde desta quarta-feira (11). Com isto, todas as linhas de ônibus continuam funcionando normalmente, sem nenhum interrupção, na quinta-feira.

“Os trabalhadores do transporte coletivo sempre buscam respeitar os direitos da população, mas infelizmente nem sempre são respeitados os direitos desses profissionais. Muitas vezes precisamos nos impor para conseguir garantir o pagamento dos salários, mas estamos contentes de continuar trabalhando, porque sabemos da importância do nosso serviço para todo o município”,

pontou o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Anderson Teixeira.

Sem subsídio

O indicativo de greve no transporte coletivo de Curitiba foi anunciado pelos trabalhadores na última segunda-feira (9). De acordo com o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), os pagamentos ainda não tinham sido realizados porque os consórcios não tinha recebido os repasses por parte da Urbanização de Curitiba (URBS), para regularizar a situação.

O repasse era referente ao subsídio do transporte coletivo, por meio do convênio com o Governo do Estado. O repasse estadual foi feito parcialmente na tarde desta quarta-feira (11) à Urbs e encaminhado às empresas de ônibus, que conseguiram quitar os salários de maio em atraso. Mas, ainda há débitos estaduais pendentes com a Urbs e que devem ser pagos até sexta-feira (13), prazo final para o pagamento.

A Urbs também informou que aguarda a aprovação, pela Câmara Municipal de Curitiba (CMC), do projeto de suplementação orçamentária de R$ 174 milhões, “que será usado, em sua maior parte, para fazer frente ao déficit do sistema em 2022”. O projeto está parado por um pedido de vistas da vereadora Professora Josete (PT).