Os médicos cubanos que participam da segunda etapa do Programa Mais Médicos começam a desembarcar em Curitiba nesta segunda-feira (2). Durante a semana, os profissionais conhecerão os hospitais e clínicas especializadas do Paraná, antes de irem para os municípios onde trabalharão a partir do dia 9 de dezembro. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo Silva, recebeu o primeiro grupo no aeroporto Afonso Pena durante a manhã, como parte de um esforço conjunto do Governo Federal para recepcionar os profissionais nos estados.
Ao todo, três mil médicos estiveram, nas últimas três semanas, concentrados em cinco capitais – Brasília (DF), Fortaleza (CE), Vitória (ES), Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP) – participando do módulo de acolhimento e avaliação do Mais Médicos. A aprovação no curso é condição para a emissão do registro profissional provisório pelo Ministério da Saúde, sem a qual os médicos estrangeiros não podem atuar no Brasil.
Distribuição
O Nordeste (1.152) e o Norte (406) são as regiões que mais vão receber médicos do total de 2.117 cubanos. A região Sudeste receberá 247, seguida do Sul, com 200 profissionais e do Centro-Oeste, que receberá 112 médicos.
A distribuição dos médicos cubanos nos municípios segue critérios técnicos, dando igual prioridade às cidades em que é maior a parcela de pessoas dependente completamente do atendimento ofertado pelo SUS e àquelas com alto percentual da população em situação de pobreza, conforme classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nova etapa
Na última quinta-feira (28) foram abertas as inscrições para a terceira etapa do programa. Os interessados devem se inscrever no site maismedicos.saude.gov.br. Para formados no Brasil, a inscrição vai até 9 de dezembro. Médicos com registro profissional em outros países devem anexar ao formulário os documentos validados pelos consulados até o dia 13. Estarão disponíveis para o preenchimento de vagas nesta etapa todos os municípios que ainda não receberam nenhum profissional do Mais Médicos.
Os profissionais do programa recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos selecionados. Como definido desde o lançamento, os brasileiros têm prioridade no preenchimento dos postos apontados e as vagas remanescentes são oferecidas aos estrangeiros.