No próximo final de semana (19 e 20 de outubro), a partir das nove horas da manhã, famílias, ativistas e profissionais de saúde farão manifestos em diversas cidades do país em prol da Humanização do Parto.
A iniciativa partiu de grupos de mulheres que se articularam via rede social depois de alguns episódios contrários ao trabalho de profissionais de saúde que atuavam de modo coerente com as Portarias do Ministério da Saúde – Rede Cegonha e as com Recomendações da OMS para a adequada assistência ao parto, e que foram afastados de seu exercício profissional.
A manifestação dá continuidade a uma série de atividades que vêm ocorrendo desde 2012, quando foram realizados os primeiros protestos, com participação de 32 cidades. Este ano, o ato também será nacional e até agora 27 cidades já estão confirmadas.
Entre as reivindicações, além da defesa pelo direito à liberdade de escolha, pela humanização do parto e nascimento e pela melhoria das condições da assistência obstétrica e neonatal no país, também está a denúncia às altas taxas de cesarianas que posicionam o Brasil entre os primeiros colocados do ranking mundial. A frequência dessas cirurgias aumentou de 37,8% para 52,3% de todos os partos realizados entre 2000 e 2010 na rede pública e nos hospitais privados chegam à vergonhosa margem de mais de 80%.
Os dados chamam atenção da Organização Mundial de Saúde, que recomenda que a taxa de cesariana, tanto na rede pública, quanto privada seja de apenas 15%. Além disso, a entidade alerta para o fato de que o excesso de cesarianas aumenta a mortalidade de mães e bebês.