Depoimento da repórter da RICTV Isabela Camargo.
“Eram 16h43 da tarde desta segunda-feira. Eu estava na Estação Tubo da Praça Rui Barbosa que faz a linha Centenário – Campo Comprido, sentido Campo Comprido. Eu apostava no sistema que revolucionou transporte coletivo e virou referência internacional com a promessa de rapidez. Confesso que não era só uma fé gratuita. Da última vez que fui ao centro de Curitiba de carro paguei R$ 12,45 para deixar um carro pequeno estacionado por 1 hora e 6 minutos. Mas, enfim! Só o que se falava no ponto era: este não é o ônibus programado para passar de cinco em cinco minutos? Pois bem, o tempo passava, só o que não chegava era o ônibus. O lugar ficava cada vez mais congestionado. Uma mãe se irritava com as crianças inquietas brincando de escorregar nos canos do ponto. O que mais me chamou a atenção foi o horário. Infelizmente nos acostumamos a ver filas nos chamados horários de pico, o que já era um erro, mas as 5 horas para mim era novidade. Por falar em tempo, depois de 20 longos minutos surge um ponto vermelho no fim da rua. Aliás, dois, um depois do outro. Então começou a segunda cena, ainda mais triste. Disputa para quem vai ser a primeira sardinha da lata. Uma turma querendo sair, a outra desesperada para entrar e o desespero continuou nos tubos seguintes com filas pelas ruas. O que são 20 minutos, não é mesmo!!”