Guilherme Rivaroli é jornalista e apresentador do Paraná no Ar. Trata dos mais variados assuntos, mas gosta de política e assuntos que mexam com o dia-a-dia das pessoas. É um pela profissão e acredita que, sim, o jornalismo pode ajudar a moldar o mundo.
Arrumação
Certa vez, o ex-governador, hoje senador, Roberto Requião disse: “nós tá tudo acertado! Se faz de leitão, para mamar deitado”. No caso dos professores, nos parece, o acerto está próximo, pelo menos é o que entendem os deputados da base governista.
Arruma que vai
Nesta terça-feira pela manhã, é realizada mais uma conversa da base aliada com o secretario da Casa Civil Eduardo Sciarra. É só arrumar uma coisa: passar de uma proposta de 5 para 8,7% e os deputados entrariam na conversa para tentar fazer com que os professores aceitem o parcelamento. Chegando no índice, o projeto deve passar sem ser emendado.
Profs
A flexibilização e aceite começa já a ser um motivo de muitas discussões. Se o parcelamento vier para este ano, tudo bem! Se não, nada feito! Bom é ver uma tentativa, até dos docentes, de se chegar a uma solução. Já são 58 dias parados, somando as duas greves. Três deputados federais estiveram em Curitiba para ajudar a avançar as negociações.
Secretaria falou
A secretária de educação do Paraná, Ana Seres, argumenta que o ano letivo de 2015 pode terminar em fevereiro de 2016. Sobre os descontos, um abrandamento na posição: é só os professores voltarem logo que ninguém tira nada deles. No que tange as invasões dos núcleos de educação, para não haver o lançamento das faltas dos professores grevistas, o pedido é para não atrapalhar o trabalho de quem furou o movimento. É o direito livre de participação, ou não, em greves.
Impeachment
Grupo de 12 juristas / professores, dentre eles vários que participaram das manifestações, protocolou pedido de impeachment em face do governador Beto Richa. Alegaram crime de responsabilidade administrativa pelo confronto de 29 de abril. Seis mil assinaturas foram colhidas pela internet de pessoas que endossam o pedido.
Impeachment 2
O presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB), diz que nunca um processo assim tinha chegado às suas mãos. Encaminhou o documento para análise da assessoria jurídica.
Impeachment 3 – ele decide
Se verificar inconsistência jurídica na denúncia, a tramitação nem ocorre, já que não houve o acatamento do pedido. Se aceitar tramitar o pedido, o aceite do processo tem que ser aprovado por 2/3 do plenário. Na sequência, um juizado especial é montado com cinco desembargadores e cinco deputados. O processo pode levar 180 dias e o ocupante da cadeira de governador tem que se afastar, no período. A tendência é que tudo termine no nascedouro. A ideia de destituição não deve passar da presidência da Alep.
Investigação
Tem deputado que recebeu a visita da Polícia Federal, no gabinete da Alep. A denúncia partiu de jornalistas. É o uso de funcionário de forma errada, desempenhando muitas funções, concomitantemente. O servidor estaria lotado na 3ª secretaria da casa e atenderia, também, ao deputado e ao bloco dele na assembleia. Agora, o porquê da PF é que ninguém entendeu.
REASSUNTANDO
Brasília news
Reforma política é o assunto da semana. Hoje começa a votação da reforma política. E tem de tudo! Ideias não faltam! Deve prevalecer o “distritão”; proposto pelo PMDB, e apoiado pelo presidente da Câmara, prevê que os mais votados para o parlamento, em cada estado, sejam eleitos. Ou seja: quem tem mais dinheiro e prestígio torna-se parlamentar. Pode ser o fim da representação da sociedade na política, ponto negativo, essencialmente, para minorias.
Brasília news
É o “vamos fazer logo”. Para ter vigência imediata, a lei tem que ser promulgada até 30 de setembro. O autoritarismo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), pode representar uma derrota à democracia. Sistemas iguais apenas no Afeganistão e em mais um país!
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E era isso. Sorte e paz! Até amanhã.