No último dia 16 de setembro, a dentista Juliana Furquim foi presa em flagrante em Curitiba por uso e medicamentos falsificados e desobediência. Agora, já em liberdade, a profissional da saúde deu detalhes sobre as denúncias feitas.

Ao portal Banda B, Juliana afirmou que o medicamento apontado como falsificado seria lidocaína, um anestésico comumente encontrado em diversas clínicas odontológicas. Inicialmente, de acordo com o relato da dentista, a delegada teria afirmado que o medicamento não poderia ser usado na clínica, mas foi desmentida pela vigilância sanitária e pelo membro do Conselho Regional de Odontologia (CRO).
“No primeiro momento, a delegada disse que não poderíamos ter aquele produto porque era de uso exclusivo hospit”alar, ela bateu nessa tecla”, contou. “As profissionais da vigilância e do CRO explicaram que a lidocaína é comum em clínicas odontológicas e que o uso era legal, mas a delegada insistiu que não poderia ser usada.”
“Ficou bem difícil de entender o que ela estava querendo dizer, porque uma hora era uso hospitalar, outra hora falsificação. Nem ela mesma se entendeu no que queria me denunciar.”
Além disso, Juliana Furquim contou que a delegada não teria como afirmar que um produto lacrado e que não foi periciado seria falso.
“Ninguém tem esse poder de dizer que algo lacrado ou isolado pode ser falso sem antes passar por perícia. E ela afirmou isso e fez minha detenção, o que considero um absurdo”, afirmou.
Dentista Juliana Furquim fala sobre complicações após procedimentos em pacientes
Juliana começou a ganhar uma popularidade negativa nas redes sociais após denúncias de pacientes insatisfeitos à Ric RECORD. Nos depoimentos, dezenas de pacientes relataram complicações após procedimentos feitos na clínica, como lipo de papada e bichectomia.

Em diversos casos, as vítimas relataram inflamações, infecções, cicatrizes grosseiras e até mesmo casos de necroses. Uma das pacientes afirmou que a bochecha dela parecia “roupa costurada em casa.”
Sobre essas acusações, Juliana Furquim afirmou que todos os pacientes assinaram contratos prevendo os cuidados pós-operatórios. Por isso, ela diz que as complicações foram causadas por descuido dos pacientes.
“As denúncias que eu fiquei sabendo, era por questão de pós-operatório. Pacientes que tiveram as suas cirurgias muito bem executadas, com sucesso absoluto, foram para as suas residências e não seguiram o protocolo previsto em contrato”, afirmou. “Espero que os pacientes reflitam sobre a importância de apresentar a verdade, porque denúncias equivocadas podem destruir anos de trabalho e uma carreira inteira.”
Por sua vez, o advogado Igor Ogar, que representa a cirurgiã-dentista, afirmou que a prisão de sua cliente foi “equivocada”.
“Nós entendemos essa prisão, com muito respeito a todas as autoridades, como equivocada e deve ser investigada. A medicação tem procedência, foi adquirida legalmente e é comum em qualquer clínica odontológica, não precisa ser unicamente em hospitais. Ainda está sendo objeto de perícia e certamente essa perícia virá dizendo que a medicação é original”, defendeu.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do Ric.com.br. Clique aqui