O Brasil, com sua rica diversidade cultural e histórica, é um celeiro fértil para lendas urbanas e histórias de terror que atravessam gerações. Essas narrativas, muitas vezes passadas de boca em boca, carregam elementos sobrenaturais, mistérios não resolvidos e personagens que habitam o imaginário popular.

Histórias de terror
Histórias que misturam mistério, medo e tradição popular (Foto: Ilustração/Freepik)

Se você é fã de histórias que provocam arrepios e inquietações, prepare-se para conhecer algumas das lendas brasileiras mais assustadoras.

A Loira do banheiro

Uma das lendas urbanas mais conhecidas entre estudantes, especialmente em escolas do interior de São Paulo, é a da Loira do Banheiro. Segundo a versão mais popular, Maria Augusta de Oliveira era uma jovem bela e rica que fugiu para Paris para escapar de um casamento arranjado.

Após sua morte ainda jovem, o corpo foi enterrado na propriedade da família, que mais tarde se tornaria a Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves. Relatos indicam que, após um incêndio misterioso em 1916, o espírito de Maria Augusta passou a assombrar os banheiros da escola.

Estudantes afirmam que, ao entrar no banheiro escuro e chamar seu nome três vezes, ela aparece no espelho com o rosto desfigurado e olhos cheios de ódio.

O Corpo-Seco

Originária de Minas Gerais, a lenda do Corpo-Seco conta a história de um homem que maltratava seus pais e, após sua morte, passou a assombrar os lugares onde viveu. Dizem que ele aparece perto de rios e pede ajuda para atravessar.

No meio do caminho, ele fica pesado e acaba afogando quem o carrega. Essa história assombra especialmente quem vive perto de rios e açudes.

A Pisadeira

A Pisadeira, ou Pesadeira, é uma figura do folclore brasileiro que ocorre principalmente no estado de São Paulo e parte de Minas Gerais. Segundo o mito, é uma mulher muito magra, com dedos compridos e secos, unhas enormes, sujas e amareladas. Ela aparece durante a madrugada e pisa na barriga das pessoas com o estômago cheio, deixando-as com falta de ar.

A lenda pode estar associada à paralisia do sono, fenômeno que causa sensação de sufocamento e dificuldade para se mover durante o sono.

A Mulher de branco

A Mulher de Branco é uma das lendas mais conhecidas no Brasil. Dizem que é o espírito de uma mulher que morreu de maneira trágica e, desde então, vaga pelas estradas à noite. Ela costuma aparecer para motoristas pedindo carona, mas logo desaparece.

Quem vê a Mulher de Branco diz que ela tem um olhar triste e veste um longo vestido branco.

O Opala preto

No Rio de Janeiro, a lenda do Opala Preto conta que, em 1974, Ubiratã Carlos de Jesus Chaves, conhecido como Carlão da Baixada, era um dos bandidos mais procurados da cidade.

Durante uma perseguição policial no Túnel Rebouças, ele colidiu o Opala preto que dirigia contra o fusca de uma família, resultando na morte de todos os envolvidos. Desde então, motoristas que passam pelo túnel de madrugada afirmam ver o Opala assombrado. Por precaução, muitos evitam o túnel após a meia-noite.

A Moça do táxi

Muito popular na cidade de Belém, a lenda da Moça do Táxi conta que o espírito de uma jovem mulher passa a aparecer pelas ruas da cidade solicitando uma viagem de táxi. Ela informa ao motorista que o pagamento será feito por seu pai. Ao chegar no endereço indicado, o motorista descobre que a moça já morreu. A lenda afirma que a aparição ocorre sempre no dia do seu aniversário, data em que costumava percorrer a cidade de táxi quando era viva.

Dona yayá

Em São Paulo, no bairro da Bela Vista, há um casarão na Rua Major Diogo que, na década de 1920, pertenceu à rica família Mello Freire. Após a morte de seus familiares, Sebastiana, conhecida como Dona Yayá, começou a desenvolver graves problemas mentais e viveu reclusa por mais de 40 anos, até seu falecimento em 1961.

Após a morte, moradores locais juravam ouvir gritos aterrorizantes vindos do casarão nas madrugadas. Aqueles que ousavam encarar a situação de perto afirmavam ver a figura fantasmagórica de Dona Yayá na janela. Dizem que quem não fugisse a tempo e olhasse para trás poderia encontrar a assombração pronta para estrangulá-lo.

O Bradador

Nos campos e pampas do centro-sul brasileiro, especialmente entre as araucárias, existe a lenda do Bradador. Dizem que, em vida, ele foi um homem cruel, até mesmo com sua própria mãe. O conto diz que quando ele morreu, a terra recusou-se a receber seu corpo.

Com os pecados ainda por expiar e sem um local para descanso eterno, sua alma foi condenada a vagar. Seu sofrimento é tão intenso que, durante a noite, é possível ouvir seus gritos e lamentos ecoando pelo campo.

Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui

Eduardo Teixeira

Repórter

Eduardo Teixeira é formado em Jornalismo pela Uninter. Possui experiência em pautas de Segurança, como acidentes e crimes, além de virais da internet, trends das redes sociais e pautas de Cultura. Também atua como repórter de TV e rádio.

Eduardo Teixeira é formado em Jornalismo pela Uninter. Possui experiência em pautas de Segurança, como acidentes e crimes, além de virais da internet, trends das redes sociais e pautas de Cultura. Também atua como repórter de TV e rádio.