Considerado um dos metais mais valiosos e apreciados no mundo, o ouro não é encontrado apenas em joias e em cofres, ele pode estar em um eletrônico inesperado que é normalmente descartado. O descarte incorreto desse dispositivo, faz com que toneladas de ouro sejam desperdiçadas anualmente, além de contribuírem com a poluição; veja objeto inesperado.

Contendo 450 miligramas de ouro de 22 quilates em cada celular, este metal é um ótimo condutor elétrico e não corrói, sendo usado em placas de circuito, celulares, computadores e até em micro-ondas. Quando somados, o prejuízo pode ser elevado, visto que em 2023, foram descartadas 53 milhões de toneladas de lixo eletrônico, os quais que poderiam fornecer porcentagens de ouro.
Segundo o Global E-waste Monitor da Organização das Nações Unidas (ONU), o valor total dos materiais recuperáveis presentes nos resíduos eletrônicos descartados no período de um ano ultrapassa os 57 bilhões de dólares. Mesmo com a estimativa de que apenas 20% desses resíduos seriam reciclados, o prejuízo continuaria existindo.
Pesquisadores desenvolvem técnica para retirar ouro
Para conseguir retirar esse ouro de materiais como computadores de mesa e portáteis, consoles de videogame, impressoras, decodificadores, DVDs, além de celulares, cientistas da ETH Zurich desenvolveram uma nova técnica na Suíça.
A descoberta revelou que proteínas do soro do leite, um resíduo da produção de queijo, podem ser transformadas em uma “esponja” apta para filtrar ouro; veja.
- Transformação da proteína → Resíduos do queijo viram uma esponja após tratamento químico.
- Dissolução dos componentes → Placas de circuito são dissolvidas em ácido, liberando metais.
- Filtragem seletiva → A esponja captura apenas o ouro, separando-o de outros metais.
- Recuperação do metal → O ouro é purificado e vira pepitas de 22 quilates (91% de pureza).
O resultando impressiona, visto que com apenas 10 placas de circuito, os cientistas extraíram ouro no valor de R$ 170 mil (cotação atual).
Não tente em casa!
Mesmo parecendo ser uma maneira fácil de “garimpar” ouro, o método requer ácidos perigosos e alta temperatura, sendo essencial um controle especializado. A técnica única dos pesquisadores podem abrir portas para a economia circular, onde resíduos viram recursos.
*Com supervisão de Guilherme Becker
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