A APP-Sindicato informou, nesta quarta-feira (30), que o respeito à decisão dos professores estaduais quanto o dia de retorno às aulas é garantida por lei e que os professores que não compareceram às escolas estaduais desta quarta-feira, conforme havia determinado o Governo do Estado, são serão punidos.
As escolas, conforme já havia anunciado o sindicato da categoria, voltam às atividades normais na segunda-feira (05). Esta decisão foi tomada na Assembleia de Avaliação da Greve, que aconteceu na última terça-feira (29). A questão das datas de retorno das aulas teria gerado confusão, já que a Secretaria do Estado havia determinado a volta das atividades normais já no dia seguinte.
“No caso de ameaças ou punições, o educador deve documentar o fato (solicite que a ‘autoridade’ faça a ameaça por escrito), garanta testemunhas da ameaça, e entre em contato com o Departamento Jurídico da APP”, disse o sindicato em nota enviada à imprensa. As reposições deverão ser feitas até o final do ano, respeitando a organização das escolas.
Segundo o Governo do Estado, cerca de 80% das escolas estaduais do Paraná retomaram o atendimento aos alunos nesta quarta-feira (30). O levantamento da Secretaria Estadual da Educação demonstra que as aulas estão totalmente normais em quase 50% das escolas. Em 38% a retomada foi parcial e 10,61% ficaram fechadas.
Insatisfação
A greve foi suspensa após algumas melhorias nos acordos com o Governo do Estado. Mas nem todos os professores de escolas estaduais ficaram satisfeitos e muitas críticas foram realizadas na página oficial do Facebook da APP-Sindicato. “(…) Ao meu ver é um absurdo aceitar que se parcele um dinheiro que já deveria ter sido pago. (…) Nada de concreto em relação ao plano de saúde, quando tantos funcionários públicos de outros órgãos têm planos excelentes”, comentou um deles.
Revoltados, os educadores igualaram os acordos a “migalhas”. Alguns deles ainda consideraram a votação da suspensão da greve injusta, acusando o sindicato da categoria de ser tendencioso. “Na hora de uma assembleia decidir pela greve, conta-se voto a voto. Na hora da suspensão da mesma foi aquele salve-se quem puder!”, critica outra professora.