A comissão de negociação da Associação Paranaense de Professores (APP) passou praticamente o dia todo em reunião neste sábado (26). Na pauta as propostas apresentadas pelo Governo do  Estado na última quinta-feira (24) e um balanço sobre a greve geral dos professores e funcionários da rede estadual de ensino que começou na quarta-feira (23).

Segundo o diretor de comunicação da APP-Sinticado, Professor Luiz Paixão, mais de 75% dos professores de todo o Estado aderiram a greve. O Governo afirma que apenas 11,89% das escolas estaduais paralisaram totalmente as atividades nesta sexta-feira (25) e que 70% das escolas estão funcionando parcialmente.

O professor Paixão adiantou em entrevista por telefone ao Portal RIC Mais que o consenso geral do Comando Estadual de Greve é que a proposta do governo é insuficiente. “Com a atual proposta a greve continua por tempo indeterminado”, afirmou.

foram intensamente debatidas. O governo apresentou uma proposta inicial, esta, por exemplo, previa a implantação da hora-atividade apenas em 2015. Proposta que foi refutada de forma veemente pelos dirigentes do sindicato.

Durante a reunião entre líderes da APP-Sindicato e o governador Beto Richa na última quinta-feira, o governo apresentou as seguintes propostas: Pagamento em dinheiro da diferença de 0,67 de hora de trabalho a partir de agosto de 2014 e implementação na jornada no início do ano letivo de 2015; suspensão do corte imposto aos educadores em licença médica; parcelamento do pagamento de promoções e progressões para professores e funcionários em dez vezes, a partir da folha de maio; aumento do valor do auxílio-transporte do quatro de funcionários da educação básica, com um acrescimo de aproximadamente R$ 88,00; e encaminhamento, junto com a Lei da Data-base, da garantia de que nenhum funcionário público tenha o salário-base inferior ao valor do Salário Mínimo Regional. Além disso, o governo assegurou o pagamento da data-base, em maio, em parcela única.

Apesar da forte reação contrária dos dirigentes da APP, com relação a posição do governo sobre o Piso Nacional, este reafirmou que com o reajuste da data-base, em seu entendimento, o Estado chegará ao valor do piso nacional. O sindicato da categoria reclamou que não houve proposta concreta para alteração dos contratos PSS (Processo Seletivo Sinplificado), concurso público, hora-aula para a Educação Especial, enquadramento dos aposentados no Nível II, saúde, entre outros. O governo se comprometeu em manter os debates com a APP para discutir estes e os outros pontos da greve.

Na próxima terça-feira a APP-Sindicato espera reunir cerca de 15 mil pessoas em frente o Palácio do Governo, no Centro Cívico. “Vamos fazer um grande ato para marcar a luta dos professores. Teremos várias delegações vindas do interior do estado”, afirmou Paixão. Segundo ele há possibilidade de realizar uma assembleia depois do ato para apresentar as propostas do governo, mas isso ainda não foi decidido entre os dirigentes da APP.