Neste Dia Mundial do Livro, celebrado em 23 de abril, o Instituto Caminho de Davi, entidade sem fins lucrativos que já atendeu mais de 3 mil crianças de 11 escolas públicas da Região Metropolitana de Curitiba, reforça que alfabetizar é muito mais do que ensinar a ler, é abrir portas para o encantamento, a autonomia e o vínculo com o outro. Por isso, a organização aposta em uma alfabetização com imaginação, onde a leitura surge como experiência afetiva e lúdica, capaz de transformar vidas.

Leitura é peça chave para alfabetização e desenvolvimento
Leitura é peça chave para alfabetização e desenvolvimento (Foto: Reprodução/ Instagram)

Por meio de mediação e contação de histórias, conduzidas por mediadoras experientes, o instituto promove um ambiente seguro e acolhedor dentro das escolas, onde as crianças não apenas aprendem a decodificar palavras, mas também desenvolvem empatia, autoestima e habilidades sociais. Livros infantis são apresentados de forma criativa, com vozes, gestos, música e liberdade para imaginar e recontar histórias. O objetivo é formar leitores ativos, conscientes e encantados desde os primeiros passos da alfabetização.

“A criança que se encanta com a leitura aprende com mais leveza. Quando ela participa, comenta, cria e compartilha suas ideias com os colegas, não está só aprendendo a ler, como também se descobrindo como sujeito no mundo”, explica Patrícia Walger, fundadora do Instituto Caminho de Davi e especialista em alfabetização com mais de 30 anos de atuação no ensino fundamental 1.

Pesquisa apresenta cenário de não leitores

A necessidade de iniciativas como essa se torna ainda mais evidente diante dos dados da 6ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2024). O estudo revelou que 53% dos brasileiros não leram sequer parte de um livro nos três meses anteriores à pesquisa, e que o país perdeu quase 7 milhões de leitores nos últimos quatro anos. Pela primeira vez na série histórica, a proporção de não leitores superou a de leitores, um sinal de alerta para o futuro da educação e da formação cidadã no Brasil.

A pesquisa mostra ainda que a leitura motivada pelo gosto cai drasticamente a partir da adolescência, e que o espaço escolar vem deixando de ser ambiente estimulador da leitura: apenas 19% dos entrevistados mencionaram a sala de aula como local onde costumam ler livros, o menor índice já registrado.

“O livro também acolhe. Quando a criança lê uma história e percebe que outros personagens sentem medo, alegria ou saudade como ela, isso fortalece seu repertório emocional e social. É um aprendizado que vai além da sala de aula”, complementa Patrícia.

Neste Dia do Livro, o Instituto Caminho de Davi reforça seu compromisso com uma alfabetização que respeita o tempo da infância, valoriza o brincar e reconhece a leitura como ponte para o desenvolvimento integral — intelectual, emocional e social.

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Guilherme Becker
Guilherme Becker

Editor

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.