“A Triste História de Eredegalda” pertence ao livro “Enquanto o Sono Não Vem”, de José Mário Brant, e sugere o casamento entre pai e filha. (Foto: Divulgação)

O conteúdo polêmico do livro infantil chamou a atenção das prefeituras de Rolândia e Londrina, que determinaram o recolhimento de todas as cópias da publicação das salas de aula

*Com informações do repórter Guilherme Batista, da RICTV Londrina

As prefeituras de Londrina e Rolândia, no norte do Paraná, decidiram retirar das salas de aula as cópias de um livro considerado impróprio pelas secretarias de educação dos municípios. Uma das histórias do livro “Enquanto o Sono Não Vem”, de José Mário Brant, sugere o casamento entre pai e filha. A publicação, destinada a crianças com idade entre 5 e 7 anos foi enviado para a rede municipal de educação de diversas cidades da região norte do Estado na última semana.

Basta ler as primeiras linhas para perceber que há algo de, no mínimo, diferente no conteúdo. Em “A Triste História de Eredegalda”, a personagem principal é trancada numa torre depois de se recusar a casar com o próprio pai. A menina também é torturada, ameaçada e, no final, acaba morrendo, à espera de um copo d’água.

A publicação, aprovada pelo Ministério da Educação, veio em uma caixa com outros 33 livros, dentro do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.

Além da história de Eredegalda, a Secretaria de Educação de Rolândia encontrou conteúdo considerado inadequado em outra história do livro: em “Canta, Canta meu surrão”, uma menina é colocada dentro de um saco e obrigada a cantar para não ser espancada. As histórias polêmicas também repercutiram entre os moradores da cidade.

Esta não foi a primeira vez que o livro acabou recolhido das salas de aula. Na semana passada, as secretarias de educação de várias cidades do Espírito Santo tomaram atitude semelhante. 

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