A nova greve da educação começa na segunda-feira (27) e o Governo do Estado já escalou mais de mil Policiais Militares isolar o Centro Cívico, onde ficam os prédios da Alep e do Palácio Iguaçu

A partir desta segunda-feira (27) os professores das escolas estaduais do Paraná dão início a uma nova greve na educação. A decisão foi tomada na assembleia da categoria, que foi realizada na manhã de sábado (25) na cidade de Londrina. Desde a última paralisação dos professores, que começou no dia 09 de fevereiro e durou um mês, os trabalhadores mantiveram estado de greve até que tivessem certeza de que o Governo Estadual iria cumprir todos os itens do acordo firmado diante do Ministério do Trabalho.

O principal motivo para a retomada da paralisação, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Paraná (APP-Sindicato), é a votação emergencial na Assembleia Legislativa do projeto de lei que promove mudanças na previdência do funcionalismo público. “O governo está descumprindo com aquilo que prometeu. Nós entendemos que eles querem aliviar o caixa do Estado prejudicando os servidores”, disse a secretária de Finanças da APP-Sindicato, Marlei Fernandes.

Em nota, o governo do Estado disse lamentar a decisão da assembleia dos professores do Paraná e afirmou que todos os itens acordados durante a greve que terminou em março estão sendo cumpridos. O texto da nota diz ainda que “as eventuais faltas de professores e funcionários da Educação a partir de segunda-feira serão descontadas em folha de pagamento”. Segundo a a administração estadual, os diretores e chefes de núcleo serão orientados a anotar as faltas e encaminhar os dados à Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed). A Procuradoria Geral do Estado já ingressou com medidas judiciais para decretar a greve ilegal e abusiva.

Em nota, o governo afirma ainda que o projeto de lei 252/2015, que trata da revisão do plano de custeio do Regime Próprio de Previdência Social do Estado do Paraná, foi amplamente debatido durante cinquenta dias e que ele não altera em nada o pagamento de proventos a aposentados e pensionistas do Estado.

Os professores planejam visitar os parlamentares entre este domingo (26) e segunda (27), a fim de cobrar a retirada do projeto da ParanaPrevidência da pauta ou voto contrário às mudanças. Há informações de que a Assembleia Legislativa já enviou à Secretaria de Segurança Pública (Sesp) um pedido de reforço na  segurança. O objetivo seria impedir que os professores invadam novamente o plenário, como aconteceu durante a última greve da categoria. Até 1.000 policiais militares teriam sido mobilizados para cercar a Assembleia Legislativa. A PM nega a informação e diz que recebeu apenas o pedido de reforço.

Além das mudanças no ParanaPrevidência, os professores incluíram na pauta da greve uma lista com outras reivindicações. Confira a seguir:

– Data-base
– Piso Nacional – índice de 13,01% retroativo a janeiro deste ano
– Novo modelo de atendimento à saúde;
– Debate e proposição de uma nova proposta de porte das escolas estaduais;
– PSS – luta pelo pagamento segundo a titulação;
– Realização de concursos públicos para professores e funcionários;
– Enquadramento dos Aposentados ao nível II da carreira.