O ano letivo de 2015, que começaria nesta segunda-feira (9), está sem previsão para começar. Ao invés de primeiro dia de aula, o dia se tornou o primeiro dia da greve de professores e funcionários em todo o Paraná.

A assembleia realizada pela categoria na manhã de sábado (7) decidiu pela greve. Sendo assim, o ano letivo, que deveria começar nesta segunda-feira (09), não tem data definida e mais de 2 mil escolas ficam sem aulas em todo o Paraná.

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Mais de 5 mil servidores participara da assembleia, realizada na manhã deste sábado (08) em Guarapuava, e votaram pela paralisação total das atividades.

A greve dos professores é reflexo da série de medidas polêmicas que o governo Beto Richa tomou neste início de ano. Somente na área da educação, 10 mil servidores foram demitidos, de acordo com o sindicato da categoria.

O governo
A Secretaria Estadual da Educação se manifestou através de nota lamentando a decisão da categoria. Afirma que os servidores receberam 60% de aumento salarial e uma ampliação de 75% na hora-atividade.

A pauta
Durante a assembleia, a categoria também definiu a pauta de reivindicação do movimento. Entre as reivindicações aprovadas, está a retirada ou a rejeição dos projetos de lei apresentados pelo governo esta semana. O primeiro promove o desmonte dos planos de carreiras dos professores e funcionários de escola, atingindo inclusive os servidores temporários (PSSs). A outra proposta altera a previdência dos servidores estaduais, restringindo direitos e  autorizando o governo a utilizar o fundo previdenciário para o pagamento de dívidas do estado.

As reivindicações dos servidores incluem também: pagamento imediato dos salários em atraso (PSSs, 1/3 de férias, auxílio alimentação e conveniadas), retomada das negociações sobre os temas educacionais e a organização escolar, retomada do Porte das Escolas tendo como referência mínima dezembro de 2014, retomada imediata dos projetos educacionais e programas, abertura e reabertura de turmas/matrículas, contra a superlotação das salas de aulas, nomeação de todos os professores e pedagogos concursados e não apenas os 4.503, como fez o governo, excluindo do chamamento cerca de 1.000 pedagogos.

Confira a matéria exibida no programa Paraná no Ar: