Professores e pais de alunos realizaram uma manifestação nesta segunda-feira (10) no retorno das aulas do Colégio Estadual Chico Mendes, no assentamento Celso Furtado, em Quedas do Iguaçu, região Sudoeste.
O motivo do protesto são as condições precárias do local de estudo dos alunos. As aulas têm sido ministradas em um barracão improvisado, com telhas quebradas, banheiros em situação precária além de outros problemas estruturais. No local, cerca de 600 alunos provenientes do Movimento Sem Terra (MST) são atendidos na rede estadual e municipal. O assentamento é considerado um dos maiores da América Latina, onde vivem 1.100 famílias.
Em 2011, o Governo do Estado autorizou a construção de uma escola, com investimento de R$2,8 milhões. As obras foram iniciadas, mas estão paralisadas e sem previsão de término. De acordo com professores da instituição, audiências com a Secretaria de Educação do Paraná e com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) foram realizadas, mas nada foi resolvido. A partir daí os integrantes do MST realizaram o protesto.
O assentamento é fruto de uma ocupação ocorrida em 2003. Nesta época as próprias famílias construíram uma escola que somente após alguns anos foi passou a fazer parte da rede estadual de ensino.