Os professores das escolas da rede municipal de Curitiba decidiram, em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (27), entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 17 de março. A medida irá deixar sem aulas 142 mil crianças e adolescentes matriculados em 184 escolas e 198 Centros Municipais de Educação Infantil da Rede Municipal de Curitiba. A categoria quer contratação imediata de mais professores, mudança de jornada das escolas do 6º ao 9º ano e exigem a apresentação de uma proposta que altere o Plano de Carreira para a valorização do tempo de serviço.

O Sindicato do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) estima a falta de pelo menos 500 professores nas escolas de Curitiba. De acordo com o presidente do Sismmac, Rafael Alencar Furtado, os docentes não devem retornar ao trabalho enquanto a prefeitura não apresentar um cronograma de contratação. “É um absurdo o município não ter um planejamento para suprir a demanda de professores para o ano todo”, diz.

Até o momento, a prefeitura de Curitiba ainda não se posicionou oficialmente sobre a greve anunciada pelos professores.

Operação tartaruga

Os professores da rede estadual de ensino decidiram dar continuidade até a próxima assembleia da categoria, marcada para o dia 29 de março, na mobilização que pede aumento de 20% para 33% da hora–atividade, tempo reservado para que os docentes possam preparar as aulas dos alunos. Desde o início do mês, 1,3 milhão de estudantes em mais de 2 mil escolas da rede estadual de ensino estão voltando mais cedo para casa uma vez por semana por conta da “paradinha” antecipada dos docentes.