
A 5ª Vara da Fazenda Pública emitiu mandados de reintegração de posse para 25 escolas estaduais ocupadas em Curitiba.
A reintegração de posse do Colégio Estadual do Paraná, no centro de Curitiba, foi suspensa por dez dias. A Polícia Militar chegou a entrar no Colégio, acompanhada de um oficial de Justiça, nesta sexta-feira (28), para cumprir o mandado. Mas os alunos se recusavam a sair da escola. O CEP está ocupado por estudante desde o dia 6 de outubro.
O Procurador Geral do Estado, Paulo Sérgio Rosso, e o Ministério Público do Paraná (MPPR) fizeram uma petição conjunta no final da tarde desta sexta, suspendendo a reintegração de posse do Colégio Estadual do Paraná por dez dias. Deste modo, as manifestações dos estudantes do ensino médio de Curitiba devem se concentrar no colégio.
A decisão foi tomada depois de uma reunião entre representantes dos movimentos estudantis com o Procurador-Geral do Ministério Público do Paraná (MPPR), Ivonei Spoggia, na sede do MPPR. Os representantes do movimento de ocupação se comprometeram a desocupar espontaneamente as demais escolas com mandado de reintegração de posse, desde que pudessem se concentrar no Colégio Estadual do Paraná. Para isso, o mandado contra o CEP teria que ser suspenso.
Em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Estado, mais de 20 escolas públicas já foram desocupadas pacificamente e os alunos que lutam contra a reforma no Ensino Médio, proposta pelo Governo Federal, se concentram no Colégio Estadual Polivalente, única escola ainda ocupada na cidade.
A 5ª Vara da Fazenda Pública emitiu mandados de reintegração de posse para 25 escolas estaduais ocupadas em Curitiba. De acordo com o governo estadual, a capital tem 92 escolas ocupadas.